“Ler é dançar”: um olhar sobre a recepção de leitura de poesia com crianças no ensino fundamental.
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM LINGUAGEM E ENSINO UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/27335 |
Resumo: | Este trabalho teve por objetivo geral investigar como os alunos de Ensino Fundamental no quarto ano receberam poemas cuja temática é a dança. Para tanto, nossa pesquisa teve dois eixos: o primeiro analítico e o segundo didático. Partimos dos conceitos de dança de GARAUDY (1980) e SETENTA (2008), para os quais a dança é a expressão do indizível e é um “dizer-fazer” respectivamente. Visitamos também o lugar da poesia infantil na sala de aula, com apoio em AMARILHA (2009), PINHEIRO (2000) e CADEMARTORI (1984), como sendo o do lúdico, da investigação e do jogo. Nessa seara, selecionamos nove poemas que tematizam e/ou mimetizam a dança para comporem nossa antologia, base para análise e leituras em sala de aula. Tecem\os considerações analíticas dos poemas à luz de ZUMTHOR (2007) e KEFALÁS (2012), voltada para a possibilidade de performance. Essa performance ganha características de dança, como o ritmo marcado e alguns passos de estilos tradicionais, como valsa e ciranda. Fizemos uso de uma pesquisa-ação, com duração total de cinco meses, entre observação e intervenção. Em uma escola da rede pública municipal de Campina Grande, selecionamos uma turma de quarto ano do Ensino Fundamental com dezenove alunos. Observamos a turma por dois meses antes de iniciarmos as leituras. Nossa participação se deu em vinte momentos de meia hora cada, duas vezes por semana, incluindo visita à biblioteca da escola para explorar-lhe o acervo de poesia e uma performance final na quadra da escola. Na intervenção, lançamos mão da leitura vocalizada como estratégia metodológica central e a performance ao longo das leituras. Pudemos observar que o ritmo reverberou nos corpos dos alunos a cada poema, se manifestando por meio de batucadas, barulhos de passarinhos entre outros. A experiência de leitura envolvendo o corpo ampliou as possibilidades de expressar compreensões e interações com o texto poético, bem como contribuiu para tornar significativa, lúdica e participativa a relação com os poemas. |