A percepção da condição feminina moçambicana e afro-brasileira: uma leitura de contos de Lília Momplé e Conceição Evaristo na sala de aula.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: SOUZA, Rodrigo Nunes de.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM LINGUAGEM E ENSINO
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/9873
Resumo: A questão da identidade feminina, até hoje, suscita debates e surge como um dos assuntos mais urgentes quando se trata da condição da mulher na sociedade. No que tange à representatividade da mulher negra, esses debates se tornam ainda mais urgentes, pois são cerceados por questões em torno da origem, do lugar que ocupam na sociedade, do protagonismo e dos estereótipos que, ao longo da história, foram construídos e enraizados no imaginário social. Dessa forma, destacar a trajetória dessas mulheres, através da Literatura, bem como as personagens femininas de obras que, diante do atual cenário que busca evidenciar as falas da negritude, se faz importante para que se conheçam as formas de denúncia da condição da mulher. Esta dissertação tem como propósito destacar como alunos de uma turma de 3° ano do Ensino Médio recepcionaram contos de Lília Momplé e Conceição Evaristo, dando destaque à condição feminina em Moçambique e no Brasil. Dentre as obras contísticas das autoras, optou-se por seis narrativas, sendo três da moçambicana Lília Momplé („‟O baile de Celina‟‟, „‟Ninguém matou Suhura‟‟ e „‟O sonho de Alima‟‟) e três da brasileira Conceição Evaristo („‟Duzu-Querença‟‟, „‟Ana Davenga‟‟ e „‟Natalina Soledad‟‟). A pesquisa também apresenta como o gênero conto é utilizado por ambas as autoras para denunciar como a mulher é subalternizada nos respectivos países que habitam. Por meio de questionários, pôde-se perceber a necessidade de levar contos africanos e afro-brasileiros para a sala de aula, visto que a maioria dos alunos, sentia a necessidade de conhecer a Literatura africana e afro-brasileira, atendendo, assim, à Lei 10.639/03, contribuindo com a formação leitora desses alunos, dando destaque ao Método Recepcional como uma metodologia que direcionasse as questões observadas e debatidas em sala de aula, em relação à condição feminina moçambicana e afro-brasileira. Para desenvolver a pesquisa, utilizam-se como embasamento teórico as ideias de AFONSO (2004), ALÓS (2013), BORDINI E AGUIAR (1988), DÍAZ-SZMIDT (2014), BHABHA (2018), entre outros.