Tolerância de Vigna unguiculata à salinidade sob estratégias de irrigação em dois ciclos cultivos.
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRÍCOLA UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/22652 |
Resumo: | A água é um dos principais fatores limitantes para o crescimento e desenvolvimento das culturas, podendo afetar o rendimento das plantas, notadamente do feijão Vigna, justificando-se o uso da irrigação. Quando cultivado em áreas da região semiárida, caracterizada por águas com elevados teores de sais, deve-se atentar para o uso de genótipos mais tolerantes ao estresse salino, além de estratégias adequadas de irrigação, caso sejam com águas salinas, visando a garantir a sustentabilidade do sistema de produção. Neste trabalho, objetivou-se avaliar, em dois ciclos consecutivos de cultivo, a tolerância de dois genótipos de feijão Vigna ao estresse salino aplicado em diferentes fases fenológicas, analisando a existência de regulações epigenéticas na segunda geração das plantas. O trabalho foi realizado em campo, sendo dois experimentos, o primeiro entre setembro e dezembro de 2018 e o segundo experimento foi conduzido entre agosto e novembro de 2019 na fazenda experimental Rolando Rivas, pertencente à Universidade Federal de Campina Grande, UFCG, Campus de Pombal, PB, localizada no município de São Domingos, PB. No primeiro experimento, os fatores foram constituídos por três genótipos de feijão Vigna submetidos a sete estratégias de manejo da salinidade, variando os estádios de desenvolvimento das plantas. Combinados esses fatores resultaram em 21 tratamentos onde, o delineamento experimental foi em blocos casualizados em esquema fatorial 7 x 3, com quatro repetições, totalizando 84 parcelas experimentais, cuja unidade experimental foi composta por 60 plantas. No segundo experimento, as estratégias de manejo da irrigação resultaram da combinação de fases fenológicas entre os dois ciclos, sendo usada água com alta salinidade, em alternância com água de baixa concentração de sais. Foram estudados dois genótipos de feijão Vigna submetidos a dez estratégias de manejo da salinidade, resultando em um fatorial 10 x 2, com quatro repetições, totalizando 80 parcelas experimentais, cada unidade experimental era composta por 60 plantas. Foram analisadas variáveis de crescimento, fisiológicas e de produção dos genótipos. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância, teste ‘F’ (p<0,05) e teste de agrupamento de médias, ScottKnott (p<0,05) para o fator estratégias de manejo da irrigação e teste de Tukey, (p<0,05) para os genótipos de feijão Vigna. As plantas foram mais sensíveis à salinidade na fase vegetativa, refletindo-se na formação de fitomassa nos dois ciclos de cultivo. A aclimatação se refletiu nas trocas gasosas e fluorescência da clorofila a. O comprimento das vagens do feijão Vigna não foi afetado pelo estresse salino em plantas oriundas de sementes formadas com água salinizada no ciclo anterior. 10 As plantas se aclimataram à salinidade, pois quando se originaram de sementes formadas sob estresse salino, mesmo quando irrigadas com alta salinidade nas fases de floração e frutificação, mantiveram níveis altos de produção. Os genótipos de feijão Vigna foram classificados como tolerantes e moderadamente tolerantes à salinidade, no primeiro ciclo de produção. O genótipo Costela de Vaca foi tolerante nas estratégias BSE, CSE e BCSE, no segundo experimento. A produção do genótipo BRS Marataoã é tolerante à água de alta salinidade na estratégia CEFR e sensível ao estresse salino nas estratégias BEV e BCEFF. |