Risco climático do cultivo da mamoeira em Estados do Nordeste brasileiro.
Ano de defesa: | 2006 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS NATURAIS UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/2404 |
Resumo: | Existe, atualmente, uma crescente necessidade de novas fontes de energia. As fontes renováveis, como o biodiesel, aparecem como uma solução limpa e eficaz para o suprimento das futuras demandas energéticas. Nesse contexto, a mamona, vem assumindo um lugar de destacada importância mundial. Sua característica de fácil adaptação às regiões semi-áridas e a qualidade de seu óleo são responsáveis pelo atual interesse mundial em seu cultivo. Por sua exigência de altas temperaturas, a mamona se adapta muito bem aos Trópicos. Por isso, o Nordeste do Brasil vem despontando como uma região promissora à produção de sementes de mamona. Tendo, entretanto, na maior parte de sua região, uma grande instabilidade no regime pluviométrico, as incertezas quanto ao plantio em sequeiro (sem irrigação), fazem com que o pequeno agricultor sofra grandes perdas em suas plantações. Considerando tais características, efetuou-se, através de um zoneamento agroclimatológico, a identificação das áreas aptas ao cultivo e a determinação da época mais favorável para o início do plantio da mamona, em regime de sequeiro, nos Estados de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. Para cada localidade selecionada, o período de crescimento da mamona foi determinado usando médias e probablidades da cadeia de Markov da umidade disponível do solo. Com os resultados, as áreas com aptidões para o cultivo da mamona foram determinadas. Os resultados mostraram uma acentuada restrição de disponibilidade de água no solo para a mamoneira. Verificou-se que para os níveis de CAD trabalhados e considerando-se a limitação de altitude ótima para o cultivo da mamoneira, a maior parte do Estado da Paraíba não tem condições de umidade do solo adequadas para suprir as necessidades da mamoneira em todo o período crítico de seu ciclo de desenvolvimento. Sendo necessária a irrigação em quase toda a extensão do Estado, com exceção das regiões dos municípios de Araruna e Alagoa Nova para todos os níveis de CAD, e Olho D'Água para CAD150, CAD200 e CAD250- O Estado de Pernambuco apresentou condições mais favoráveis ao cultivo da mamoneira em sequeiro numa faixa do Agreste que compreende as regiões próximas aos municípios de Cortês, Maraial e Jucati, e micro região circunvizinha de Machados, para CAD100, CAD150 e CAD200 , para o nível de CAD250, há uma pequena região ao Norte do Sertão, compreendendo os municípios circunvizinhos a São José do Belmonte e todo o Agreste à exceção da região em torno do município de Caruaru. No Rio Grande do Norte a produção da mamona em sequeiro, para todos os níveis de CAD, deve ser restrita apenas a uma pequena região no sudoeste do estado próximo ao município de São Miguel e pequena região próxima a Coronel Ezequiel. A prática da irrigação suplementar é essencial para a viabilização desta atividade nas demais regiões do Estado. |