“Nós por nós”: solidariedade feminina nas interfaces entre sororidade e dororidade - práticas e discursos em grupos de mulheres numa rede social digital.
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/18254 |
Resumo: | Esta tese tem como principal objetivo discutir práticas e discursos de solidariedade feminina experienciadas por mulheres em grupos na internet por meio da rede social Facebook. Esses grupos aparecem como canais de discussão sobre temas variados que funcionam, sobretudo, como ferramenta de resistência, empoderamento e rede de apoio entre mulheres que conformam novas maneiras de ativismo feminista, e surgem em face das transformações comunicacionais que incidem sobre as formas organizativas da sociedade contemporânea. A pesquisa foi realizada a partir de recorte temporal que inclui o período de 2017 e 2020 e analisou dois grupos de mulheres originados de duas diferentes cidades – Maceió (AL) e Campina Grande (PB). Na tese, problematizamos questões relacionadas ao ciberespaço, cibercultura e ciberativismo e ainda sobre realização de pesquisas na internet, visto que esta pesquisa se insere nesse contexto. Nos resultados, observamos que as novas ferramentas comunicacionais possibilitaram a emergências de múltiplas formas de interação, entre elas as redes de solidariedade estabelecidas entre grupos de mulheres. Paralelamente, a análise dos dados nos revelou que nos casos observados no estudo, a mulher que surge nos grupos, a partir do termo sororidade é uma mulher branca, de classe média, com conflitos e desafios que são marcas de tais segmentos sociais. Portanto, homogeneíza-se as mulheres, mesmo diante de diferenças tais como as de raça e de classe. A junção das lutas históricas das mulheres e a ocupação de espaços tais como os das mídias digitais são importantes para o debate e a superação dos muitos obstáculos e preconceitos que ainda dificultam a vida de muitas mulheres. O avanço de tais lutas, revela, paradoxalmente, que há muitas outras mulheres e segmentos que ainda se encontram fora das redes de solidariedade que as mulheres dos grupos investigados estabelecem. |