Passado perpétuo: os penitentes peregrinos públicos e o catolicismo penitencial em Juazeiro-CE (1970 -2016).
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/597 |
Resumo: | Essa dissertação busca reconstruir a história do grupo de Penitentes Peregrinos Públicos, através das narrativas vindas das mulheres e homens remanescentes dessa irmandade. O grupo surge na década de 1970, na cidade de Juazeiro do Norte, Ceará, através da iniciativa do primeiro líder da irmandade, mestre José Aves de Jesus, que teria abandonado sua vida “profana” na cidade de Caruaru, Pernambuco, para dedicar-se a um novo modelo de vida na “terra da Mãe de Deus”. A pregação desse penitente pautava-se em um forte ascetismo que incluía a privação de bens materiais, trabalho formal e a instituição da mendicância como identidade penitencial do grupo. A maioria das regras propostas pelo penitente foi extraída de antigos manuais católicos do século XIX e início do século XX, em especial o livro Missão Abreviada (1859) e o texto Machadinha de Noé (1931), considerados sagrados pela irmandade. Com a morte do Mestre José no ano 2000, a irmandade passou por importantes mudanças que transformaram sobremaneira a forma organizacional do grupo como também as próprias interpretações sobre os elementos sagrados dessa comunidade. Uma das principais marcas desse período inscreve-se na relação dessas pessoas com vários elementos do “mundo moderno”: tecnologia, dinheiro e trabalho, por exemplo. Novas narrativas surgem, antigas interpretações são revistas, mitos ganham novos contornos e a história dos Penitentes Peregrinos Públicos revela a complexidade que existe nas maneiras como as tradições são vividas no tempo. |