Uso de bionanocompósitos quitosana/argila na modificação superficial de tecidos de algodão e seu efeito antimicrobiano e bloqueador UV.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: ANDRADE, André Luís Simões.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Ciências e Tecnologia - CCT
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/35655
Resumo: O objetivo deste trabalho foi desenvolver um acabamento têxtil baseado em bionanocompósitos quitosana/argila em tecidos de algodão na tentativa de lhes conferir propriedades antimicrobianas e bloqueador UV. Primeiramente foram testadas duas quitosanas comerciais, codificadas de Q86 e Q92, pois, segundo suas fichas técnicas possuíam graus de desacetilação de (GD) de 86,7% e 92,0%. Foram preparadas soluções a 1% e 2% (m/v) de quitosana em ácido acético 1% (v/v), onde foram imersas amostras de tecido 100% algodão (com 150 (T150F) e 200 (T200F) fios), para promover a modificação superficial. As quitosanas foram caracterizadas por espectrosocopia na região do infravermelho (FTIR) para a determinação do Grau de Desacetilação (GD) e por viscosimetria capilar para determinação da Massa Molar (Mv). As amostras de tecido foram impregnadas em soluções de quitosana e bionanocompósitos quitosana/argila, em concentrações de 5, 10 e 50% em massa de argila Cloisite C20A em relação à quitosana. Sob as mesmas condições de preparação, foram obtidas soluções de quitosana com o acréscimo do plastificante Polietilenoglicol (PEG), para promover a melhor impregnação dos filmes e/ou agente reticulante Irgacure®, com posterior exposição a uma fonte UV para promover reticulação. Os tecidos recobertos foram caracterizados por FTIR, Microscopia Ótica (MO), microscopia eletrônica de varredura (MEV), grau de intumescimento (GI), medida de Ângulo de contato e Espectrometria por Energia Dispersiva (EDS). Além destas caracterizações, a atividade antimicrobiana e fator de proteção solar também foram avaliadas. Os valores dos GD das duas quitosanas utilizadas diferiam dos reportados pelos fabricantes, sendo para ambas quitosanas de aproximadamente 76%. Quanto a massa molar, observou-se que a Q86 possuía massa molar de aproximadamente 35 kDa e a Q92 de 90 kDa e que a imersão dos tecidos em soluções de quitosana, em qualquer concentração, alterou a cor das amostras. Selecionou-se a Q86 para a etapa de avaliação da atividade antimicrobiana, por esta apresentar menor massa molar que a Q92, potencializando a atividade contra cepas Gram negativas e o tecido T200F também foi selecionado, por prover maior superfície útil à cobertura por filmes de quitosana. Os ensaios de GI, Ângulo de contato, MO e MEV demonstraram que não houve contribuição das variáveis de processamento ou do uso do PEG à cobertura das amostras. A MEV demonstrou alteração superficial das amostras de tecido e a Espectrometria por Energia Dispersiva (EDS) confirmou a alteração da composição química da mesma. Os dados de FTIR das amostras de tecido ratificam os resultados de EDS. Os resultados de atividade antimicrobiana demonstraram apenas atividade tênue contra E. Coli. Os resultados de Fator de Proteção Ultravioleta (FPU) demonstram estatisticamente que as coberturas dos bionancompósitos elevaram os FPU das amostras reticuladas. De acordo com estes resultados fica evidenciado que os tecidos de algodão recobertos com bionanocompósitos quitosana/argila podem ser promissores como tecidos ativos – com características antimicrobianas e com proteção UV.