Caderno de atividades sobre a mulher na literatura: promovendo o letramento literário no 8º e 9º ano da Educação De Jovens e Adultos (EJA) – Ensino fundamental.
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Formação de Professores - CFP PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS EM REDE PROFLETRAS (UFRN) UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/36707 |
Resumo: | O objetivo deste estudo é pesquisar e refletir sobre a importância do letramento literário no contexto escolar da Educação de Jovens e Adultos (EJA- Ensino Fundamental), visando construir um caderno de leitura literária, com obras escritas por mulheres negras, na tentativa de utilizar aspectos do feminismo (negro) no texto literário como recurso pedagógico para o desenvolvimento da leitura crítica, e inclusão das questões de gênero em turmas de 8º e 9º ano da Educação de Jovens e Adultos. Dessa forma, pretendemos oportunizar práticas de leituras em sala de aula com obras de autoras negras da África e do Brasil, que tratam de questões femininas negras, denunciam o racismo estrutural, contestam a supremacia do patriarcado, resistem a diversos tipos de violências e encorajam outras mulheres a lutar por justiça social. As obras selecionadas são o conto “No seu pescoço” (2009), da nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie; o cordel “Maria Firmina dos Reis” (2020), da cearense Jarid Arraes; a crônica “A menina linda” (2022), da mineira Cidinha da Silva, e o diário Quarto de despejo: diário de uma favelada (1960), da mineira Carolina Maria de Jesus. Selecionamos estas autoras por serem referências a nível nacional e/ou internacional de representatividade negra tanto no aspecto literário quanto social e ainda por tratarem de gêneros literários diversificados e temáticas que vão ao encontro das vivências dos educandos da EJA. Eles são estudantes com déficit nas habilidades de leitura e em condições vulneráveis que buscam na educação a subversão das exclusões sociais que enfrentam. Nossa proposta de intervenção está fundamentada em discussões sobre processos de alfabetização, letramento, multiletramentos, letramento literário e na relevância da leitura para construção de uma sociedade mais crítica e humana. Além disso, discutimos questões voltadas para a Educação de Jovens e Adultos (EJA), como os desafios que essa modalidade enfrenta para promover uma educação inclusiva e transformadora. Ademais, suscitamos discussões sobre o feminismo negro na literatura, como uma estratégia de valorização racial e de gênero por ser uma dívida dos programas de estudos, mas presentes no cotidiano dos estudantes. Diante do exposto, desenvolvemos uma pesquisa bibliográfica, com base no método científico dialético, visando reunir, explorar e discutir as principais teorias sobre ensino de literatura, no contexto da escola pública, numa perspectiva dialógica e social, promovendo a conscientização sobre as questões presentes no corpus. Dessa forma, Como produto desse estudo, propomos um caderno de atividades de leitura com obras de diferentes gêneros literários a fim de auxiliar os professores a abrirem as portas da sala de aula com estratégias de leitura engajadoras para que os estudantes utilizem esses gêneros como instrumento de formação humana e apreciação literária, agregando valor ao contexto social em que estão inseridos. Para tanto, contamos como o aporte teórico de Soares (2021), Kleiman (1995), Cosson (2021), Cope e Kalantzis (2000), Mortatti (2006), Colomer (2007), Candido (1989), Freire (1983), Duarte (2003), Adichie (2009), Arraes (2020), Jesus (1960), Silva (2022), dentre outros. |