Análise das variabilidades interanuais e interdecenais de índices climáticos para o Rio Grande do Norte.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: NUNES, Mayara Monique Almeida Moura.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM METEOROLOGIA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
TSM
OMA
ODP
SST
AMO
PDO
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25056
Resumo: O clima na Região Nordeste do Brasil se caracteriza especialmente pelas irregularidades espacial e temporal da precipitação, com períodos de grande estiagem, secas e enchentes que variam de poucos anos a décadas. As variabilidades interanuais da precipitação na região Nordeste, em particular, no Estado do Rio Grande do Norte são influenciadas principalmente pelas oscilações interanuais na TSM do Pacífico Equatorial e Atlântico Tropical. Neste sentido, surge a necessidade de estudar se essas variabilidades influenciam na classificação do clima. O presente estudo tem como objetivo analisar as influências das variabilidades interanuais e interdecenais oceânicas/atmosféricas nos índices de classificação climática de aridez do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (IaUNEP) e efetivo de umidade de Thornthwaite (Im) para o estado do Rio Grande do Norte no período de (1950 a 2016). Determinou-se as regiões homogêneas de precipitação do Estado pelo método de K-means. O balanço hídrico climatológico de Thornthwaite e Mather (1955) foi executado ano a ano para 24 localidades, espacialmente distribuídas em todo Estado, para obtenção dos índices Im e IaUNEP, usados para a classificação climática das regiões homogêneas em diferentes períodos, de acordo com a atuação de eventos oceânicos/atmosféricos de escala interanual (El Niño/La Niña e Gradiente de anomalia de TSM do Atlântico Tropical) e interdecenal (Oscilação Decenal do Pacífico – ODP e Oscilação Multidecenal do Atlântico – OMA). Usou-se o teste t de student para verificar se os índices Im e IaUNEP, dos diversos períodos de tempo, associados as anomalias de TSM em escalas interanual e interdecenal são estatisticamente diferentes. Como resultado, é observado que, em geral, para uma mesma região a classificação com Im apresenta climas mais secos que a do IaUNEP. Usando o Im a maior variabilidade climática foi observada na região 1, com quatro tipos distintos de clima, de semiárido a úmido, enquanto, as menores, com dois tipos de clima na região 6, com clima variando de semiárido a subúmido seco. Nas regiões 2, 3, 4 e 5, observou-se três tipos, e o clima variou de árido a subúmido seco. Utilizando o IaUNEP a maior variabilidade interanual foi observada na região 5, com classificação climática variando de árido a subúmido úmido, ou seja, quatro tipos distintos de clima, nas demais regiões foram observados três tipos de clima. Nas regiões 2 e 6 variabilidade climática de semiárido a subúmido úmido, nas regiões 3 e 4 de árido a subúmido seco e na 1 de subúmido seco a úmido. Independente do índice utilizado, verificou-se que em todas as regiões os períodos mais úmidos estão associados aos anos de ocorrência conjunta da La Niña fase negativa da OMA, enquanto, os mais áridos ocorreram durante os períodos de atuação conjunta do El Niño fase positiva da OMA. As diferenças das médias dos índices Im ou IaUNEP destes dois períodos são estatisticamente significantes ao p_valor ≤ 0,01 para todas as seis regiões.