Incorporação de PET triturado em substituição parcial ao agregado miúdo para utilização em argamassas.
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Ciências e Tecnologia - CCT PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PROCESSOS UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25580 |
Resumo: | O polietileno tereftalato (PET), devido a versatilidade e baixo custo de produção, se tornou um dos materiais plásticos mais utilizados mundialmente. Todavia, configura um problema ambiental, em decorrência da permanência prolongada no ambiente e da destinação inadequada, o que contribui para o acúmulo de grandes volumes na natureza e nos aterros sanitários. Ao encontro desta questão a indústria da construção civil possui grande potencial para incorporação de resíduos advindos de outros sistemas produtivos. Assim, este trabalho tem por objetivo avaliar as propriedades físicas, químicas, mineralógicas e mecânicas, e, a durabilidade de argamassas de assentamento e revestimento, produzidas com substituição parcial do agregado miúdo por PET triturado. Para tanto, formulou-se dois traços com proporções de aglomerantes e agregado miúdo distintos, nos quais foram utilizados o cimento Portland CP ll Z-32, cal, areia e PET triturado, em substituição parcial de 5%, 10%, 15%, 20% e 25%. A caracterização física foi realizada por meio de ensaios para determinar a massa específica e unitária e a granulometria por peneiramento e a lazer dos elementos constituintes. Para a caracterização química, empregou-se as técnicas de espectrometria de fluorescência de raios-X, análise termogravimétrica (TGA), térmica diferencial (DTA) e difração de raios-X (DRX). As propriedades físicas e mecânicas foram determinadas a partir da densidade de massa e teor de ar incorporado, no estado fresco. No estado endurecido, aferiu-se a densidade, resistência à compressão simples (RCS), resistência à tração na flexão, absorção de água por capilaridade e a resistência de aderência à tração (RAT). No estudo de durabilidade utilizou-se a resistência ao ataque por sulfatos. O aumento de teor de PET em substituição parcial ao agregado miúdo reduziu a relação água/aglomerante em até 15%. Com isso, há ganhos na trabalhabilidade das argamassas em decorrência da maior disponibilidade de água livre. Constatou-se que o aumento de teor de PET reduziu a relação água/aglomerante em até 15%. Houve ganhos na trabalhabilidade das argamassas, dada a maior disponibilidade de água livre. No estado fresco, a densidade de massa reduz linearmente, a medida em que se aumenta o percentual de PET, com diferenças de até 11,48%. O teor de ar incorporado sofre elevações, contudo, tende a decrescer quando o percentual de substituição parcial ultrapassa 15%. No estado em endurecido, também ocorre a diminuição de densidade em função do aumento do teor de PET, chegando a 15,81%. Quanto à RCS e a resistência à tração na flexão, para o traço 1:2:9, houve um aumento tanto com a incorporação de PET quanto com a idade de cura, para as argamassas com teores de 10%, 15%, 20% e 25% de PET, a partir dos 14 dias. Para o traço 1:1:6, aos 28 dias cura, percebe-se que a argamassa sem adição de PET demonstrou melhor desempenho para esses parâmetros mecânicos. Todavia, aos 56 dias de cura, todas as argamassas com aditivo de PET mostraram maior resistência. A inserção de PET reduziu a absorção de água por capilaridade, contudo, ocorreu a redução da RAT. Em relação ao ataque por sulfatos, são consideradas reativas, em virtude de sofrerem expansões dimensionais quando imersos em solução de sulfato de sódio. |