Efeito da exclusão parcial da chuva na transpiração de espécies vegetais da flona de Caxiuanã (projeto Esecaflor/LBA), Pará.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: COSTA, Rafael Ferreira da.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM METEOROLOGIA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
LBA
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/6380
Resumo: Os dados utilizados neste trabalho foram obtidos durante o experimento “O Impacto da Seca Prolongada nos Fluxos de Água e Dióxido de Carbono em uma Floresta Tropical Amazônica” (ESECAFLOR), subprojeto do Experimento de Grande escala da Biosfera- Atmosfera da Amazônia (LBA). Os estudos foram conduzidos na Estação Científica Ferreira Pena, dentro da Floresta Nacional de Caxiuanã, Pará (1o 42’ 30’’ S; 51o 31’45’’ W; 62 m de altitude) com as espécies predominantes em terra-firme de Eschweilera coriacea (Matá-matá branco), Voucapoua americana (Acapu) e Protium pallidum (Breu Branco). As medições foram realizadas entre os anos de 2000 a 2003, objetivando-se determinar a transpiração de diferentes árvores em situação normal de disponibilidade hídrica no solo e mediante os efeitos da seca provocada. A área experimental compreendeu duas parcelas, cada uma com 1 hectare, parcela A (controle) e parcela B (exclusão da chuva), utilizando-se o método do Balanço de Calor no Tronco, com sistema Sap Flow meter, P4.1. As análises realizadas mostraram que as árvores de grande porte das florestas tropicais apesar de captarem água em maiores profundidades também são suscetíveis aos longos períodos de estiagem. A relação da transpiração com o total de chuva registrado no período mostrou a importante função da vegetação no ciclo hidrológico da floresta e no clima. Foram registradas reduções no conteúdo da água no solo na parcela B durante todo o período de estudo. Na análise da espécie Eschweilera Coriacea entre os dois períodos estudados, a transpiração média registrou aumento de 56% na árvore A237 (parcela A) e redução de 68% na árvore B381 (parcela B). A transpiração de três exemplares de Couratari Multiflora exibiu comportamento similar durante o período de dezembro de 2002 a novembro de 2003, com pequenas variações devidas principalmente aos elementos climáticos, como maior déficit de pressão de vapor e maior disponibilidade de radiação solar. As transpirações estimadas por modelagens aplicadas em 524 e 499 árvores nas parcelas A e B, respectivamente, alcançaram totais de 1.228,3 mm ano-1 na parcela A, e 401,0 mm ano-1 na parcela B, representando 58,5% e 19,1% da precipitação registrada nas parcelas A e B, respectivamente, e também 76,4% e 24,9% da evapotranspiração potencial, no período de dezembro de 2002 a novembro de 2003. A transpiração estimada foi distribuída de forma regular durante o ano, com 45,5% no inverno (período chuvoso) e 54,5% no verão (período seco) na parcela A, e 43,1% (inverno) e 56,9% (verão) na parcela B.