A história na mesa: o olhar de cronistas e viajantes sobre os hábitos alimentares na América Portuguesa - século XVI.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: LIMA, Alberto Montenegro.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/3882
Resumo: A História da Alimentação é uma temática cada vez mais presente nos debates e perspectivas do campo historiográfico brasileiro. Nesse contexto, a presente pesquisa propõe uma análise acerca de hábitos alimentares na América portuguesa, reveladas nas práticas culturais e relações interétnicas, registradas pelos cronistas e viajantes europeus do primeiro século de efetiva colonização lusa nos trópicos americanos, como os relatos de letrados, a exemplo de Pero Vaz de Caminha, Pero Magalhães Gândavo e observações do senhor de engenho Gabriel Soares de Sousa que, junto com as cartas de jesuítas, como Manuel da Nóbrega e José de Anchieta, formam aquilo que podemos chamar de uma “literatura informativa”, acerca dos primeiros decênios da colonização lusitana no Novo Mundo. Dessa feita, investigamos a circulação de plantas, frutas, frutos e vegetais levados de uma parte a outra do vasto Império Ultramarino português, e que teve início, por assim dizer, a partir dos empreendimentos marítimos no alvorecer da Idade Moderna europeia. Consideramos também as mestiçagens que ocorreram nas práticas alimentares dos colonos luso-brasileiros a partir do século XVI, e que tornaram-se, a partir de então, a gênese daquilo que podemos denominar de uma “cozinha brasileira”. Portanto, ao revisitarmos as práticas alimentares no cotidiano da América portuguesa, realizamos uma discussão teórico-metodológica que perpassa pelo campo da História Cultural, estabelecendo um diálogo com a História e a Antropologia destacando, portanto, conceitos inerentes a esses campos teóricos, como relações interétnicas, cotidiano, práticas culturais, mestiçagens e identidades.