Conhecimentos de língua portuguesa e relações com a prática profissional em concursos públicos de nível médio.
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM LINGUAGEM E ENSINO UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/22607 |
Resumo: | Nesta dissertação, investigamos a presença dos conhecimentos de Língua Portuguesa em concursos públicos de nível médio realizados no ano de 2018, nas áreas de Segurança e de Saúde, e suas implicações para a prática profissional. Assim, nossa finalidade é responder às questões da pesquisa: Que conhecimentos de Língua Portuguesa são requeridos em concursos públicos de nível médio? Que relação há entre o que é solicitado como conhecimento de Língua Portuguesa e a prática profissional? Propomos como objetivo geral: analisar os conhecimentos de Língua Portuguesa em editais e provas de concursos públicos de nível médio. Como objetivos específicos, pretendemos: (1) descrever a apresentação e os tipos de conhecimentos nos editais e nas provas; (2) verificar a abordagem teórica subjacente às questões das provas; e (3) perceber e discutir as relações entre os tipos de conhecimentos e a prática profissional. Como fundamentos metodológicos, a pesquisa situa-se no âmbito da Linguística Aplicada crítica e indisciplinar (MOITA LOPES, 2006), de natureza quali-quantitativa (KNECHTEL, 2014) e se apresenta como uma pesquisa documental (LE GOFF, 1997). No que concerne ao aparato teórico que fundamenta o trabalho e norteia nossa análise e discussão, utilizamos as contribuições de Barchelard (1996), Ropé & Tanguy (1997), Sacristán & Gomez (1998), Zabala (1998), Trinquet (2010), Perrenoud (2013), Paz & Costa (2017), cujas discussões permeiam a problematização dos conhecimentos científicos, conteúdos de ensino e sua relação com o letramento laboral; Kleiman (1995; 2007), Travaglia (2002), Marcuschi (2008), Castilho (2010, 2012), Street (2013), Bezerra & Reinaldo (2013), Koch & Elias (2018), entre outros pesquisadores que evidenciam as abordagens teóricometodológicas sobre os conhecimentos de leitura, escrita, gramática e análise linguística; Afonso (2005), Luckesi (2011, 2018), Libâneo (2013), Moretto (2014), Lino de Araújo (2017), Vasconcellos (2018), que nos proporcionam uma reflexão sobre avaliação e suas implicações. Com base na análise, foi possível perceber os seguintes resultados: (I) os conhecimentos de Língua Portuguesa requeridos em provas de concursos públicos da área de Segurança e Saúde dizem respeito aos eixos Análise Linguística e Gramática, Linguística e Textualidade, Leitura; (II) as análises das 107 (cento e sete) questões demonstraram que 48 (quarenta e oito) delas avaliaram os conteúdos que correspondiam ao eixo de Análise Linguística e Gramática, 32 (trinta e duas) ao eixo de Linguística e Textualidade e 27 (vinte e sete) ao eixo de Leitura; (III) com relação ao tratamento dos conhecimentos avaliados, observamos 60 (sessenta) questões alinhadas ao paradigma tradicional do estudo da língua e 47 (quarenta e sete) delas alinhadas ao paradigma emergente; (IV) as provas de Língua Portuguesa em concursos públicos da área de Segurança e Saúde compreendem a avaliação dos conhecimentos cognitivos dissociados dos conhecimentos que seriam requeridos pela prática profissional; (V) por fim, as abordagens dos conhecimentos apresentam um distanciamento dos saberes investidos (letramento laboral) e uma aproximação dos saberes constituídos (saber escolarizado). |