Estimativa das necessidade hídricas na mangueira.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2000
Autor(a) principal: SILVA, Vicente de Paulo Rodrigues da.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS NATURAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/3069
Resumo: A implementação da manguicultura na região do Submédio São Francisco tem sido atribuída às condições edafoclimáticas favoráveis à fruticultura irrigada e à grande aceitação do seu fruto, nos mercados interno e externo. A parte experimental da presente pesquisa foi conduzida no perímetro irrigado de Bebedouro, Petrolina, PE, nos anos de 1998 (julho a dezembro) e 1999 (junho a novembro), numa parcela com área de 9.880 m2 plantada com mangueiras, cv. Tommy Atkins\ com seis anos de idade, no espaçamento de 5m entre plantas por 8m entre fileiras e irrigada por gotejamento, objetivando-se determinar o consumo hídrico durante o ciclo produtivo. Em ambos experimentos foi montada, na área experimental, entre duas plantas, uma torre micrometeorológica, contendo sensores de saldo de radiação, radiação solar global, temperaturas de bulbo seco e úmido e velocidade do vento, nos níveis de 20 e 140cm acima da copa das plantas. No solo, sob a copa das plantas, foram instaladas placas de fluxo de calor no solo, na profundidade de 5cm e baterias de tensiometros posicionadas a cada 20cm da superfície, até 220cm de profundidade. Os sinais analógicos dos radiômetros, psicrómetros, anemómetros e fluxímetros, foram coletados por um sistema de aquisição de dados (Daíalogger 2IX) e utilizados na determinação dos componentes do balanço de energia, enquanto as medições dos tensiometros foram utilizadas no monitoramento da umidade do solo, com base em três observações diárias. Os métodos do balanço de energia, baseado na razão de Bowen, e do balanço hídrico no solo, foram utilizados na determinação da evapotranspiração do pomar de mangueiras e o método de Penman-Monteith/FAO, na determinação da evapotranspiração de referência. A análise de erros indicou o balanço hídrico no solo, elaborado para períodos de uma semana, mais apropriado que o balanço de energia na determinação da evapotranspiração do pomar de mangueiras. Nas condições climáticas da região do Submédio São Francisco, o consumo hídrico do pomar de mangueiras, obtido pelo coeficiente de cultura (Kc), não se mantém constante durante todo o ciclo produtivo, mas varia em função do número de dias após a floração (DAF), de acordo com a seguinte equação: Kc = 0,36 + 0,009 (DAF) - 4 X 10"5 (DAF)2 e r2 = 0,79. Os resultados indicaram, ainda, que, em condições de baixa nebulosidade, o fluxo de calor latente (LE) pode ser estimado com alta precisão, em função do saldo de radiação (Rn): LE = -18,772 - 0,766 Rn, e r2 = 0,99. O método do balanço hídrico no solo somente é eficiente na determinação da evapotranspiração de pomar de mangueiras quando se considera o termo referente à drenagem profunda/ascensão capilar e não deve ser aplicado para períodos inferiores a uma semana, para as mesmas condições de solo e clima deste experimento.