Análise de brisas utilizando a teoria termodinâmica de circulações convectivas.

• Ano de defesa: 2024
• Autor(a) principal: ANDRADE, Mônica Paulino Pereira de.
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande; Brasil; Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN; PÓS-GRADUAÇÃO EM METEOROLOGIA; UFCG
• Palavras-chave em Português: Circulação convectiva; Brisas marítimas; Brisas terrestres; Teoria termodinâmica; ERA-5; Convective circulation; Sea breezes; Land breezes; Thermodynamic theory; Meteorologia.
• Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/39689

A brisa marítima é gerada devido à superfície do oceano estar menos aquecida que a superfície terrestre, ocasionando na circulação dos ventos da região menos aquecida para região mais aquecida, ou seja, da superfície do oceano em direção à superfície terrestre, no período diurno. Por outro lado, a brisa terrestre ocorre basicamente de forma inversa, durante o período noturno, quando a superfície terrestre se encontra menos aquecida que o oceano, gerando circulações que vão da terra para o oceano. Apesar de parecer que uma é o inverso da outra, existem diferenças, pois a brisa terrestre ocorre com menos intensidade que a brisa marítima, porque durante a noite o forçamento termodinâmico é mais fraco. Nesta pesquisa utilizou-se a teoria termodinâmica de circulação convectiva para comparar os seus resultados com os dados de reanálise obtidos do ERA5, que são dados horários de reanálise com resolução espacial de ~28 km. O período de análise abrangeu todo o ano de 2018. Isso permitiu analisar a diferença de temperatura entre o oceano e a terra, a eficiê ncia termodinâmica do sistema e a diferença de pressão atmosférica, com o intuito de verificar a veracidade da teoria termodinâmica de circulação convectiva e analisar, através dessa teoria e dos dados de reanálise, a circulação das brisas marítimas e terrestre na costa do Ceará. Para isso, utilizou-se um ponto A e um B como referê ncia, um localizado no oceano e o outro na superfície terrestre, respectivamente. Além disso, para obter os resultados, aplicou-se inicialmente um valor fixo de gama de 0,26. Embora tenha proporcionado resultados satisfatórios, procedeu-se à variação desse valor de gama mensalmente para melhorar os resultados, já que sua variação influencia na dissipação próximo à superfície. Com base nas análises, os resultados revelam que a teoria fundamenta bem a compreensão e previsão dos padrões de circulação de brisas, demostrando uma boa concordância com os dados observados, especialmente no caso de brisa marítima. Observou se também que a diferença de temperatura entre o oceano e a terra interfere diretamente na observação das brisas, no qual, os meses chuvosos apresentam menores valores de temperatura, o que dificulta a observação de brisas.