Dinâmica da água no solo em função da vazão do gotejador em irrigação intermitente.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: NASCIMENTO, Tarcízio.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRÍCOLA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/956
Resumo: Este trabalho foi conduzido no campo experimental de Bebedouro, pertencente à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Semiárido) com o objetivo de determinar a intermitência de irrigação e a vazão do emissor que reduzindo a velocidade da frente de umidade no perfil do solo; e sua influência nas perdas de água por percolação. O trabalho foi realizado em um lisímetro de drenagem com dimensões de 100 cm de aresta, utilizando-se um solo tipo Neossolo Quartzarênico, com 94% de areia, 1% de silte e 5% de argila, coletado em uma área no projeto de irrigação Senador Nilo Coelho, em Petrolina-PE. Com base na evaporação média anual da estação experimental Bebedouro, que é de aproximadamente 8,0 mm, os testes foram realizados, utilizando um volume de reposição, fixo de 8,0 L de água. As irrigações foram realizadas, utilizando-se um esquema fatorial de quatro vazões (2,0; 4,0; 8,0 e 12,0 L h"1) por quatro intermitências (uma, duas, três e sem intermitências). Cada teste foi repetido por três dias consecutivos com irrigação, e quatro dias consecutivos sem irrigações. A velocidade da frente de umidade no solo irrigado com o emissor de 12,0 L h"1 foi, respectivamente, de 110,0; 89,9; 77,5; e 73,6 cm h"1 para irrigação sem, com uma, duas e com três intermitências. Com o emissor de 8,0 L Iv a velocidade foi de 68,1; 62,3; 60,4 e 62,6 cm h'1. Com o emissor com 4,0 L h"1 a velocidade foi de 47,6; 39,2; 36,6; e 39,7 cm h"1. Com o emissor com 2,0 L h"1 a velocidade foi de 34,7; 25,1; 23,0 e 28,3 cm h'1. Nas irrigações realizadas com emissores de vazão de 12,0 L h"1, observa-se, em relação à intermitência, que a velocidade da frente de umidade sofreu um decréscimo de 18,73; 29,86 e 33,39 %, entre as irrigações sem intermitência e as irrigações com uma, duas e três intermitências, respectivamente. Nas irrigações realizadas com emissores de vazão de 8,0 L h~1, houve um decréscimo de 8,58; 11,31 e 8,08%, nas irrigações realizadas com emissores de vazão de 4,0 L h"\ houve um decréscimo de 17,65; 23,11 e 16,60% e nas irrigações realizadas com emissores de vazão de 2,0 L h'1, houve um decréscimo de 27,67; 33,72 e 18,44%. Em relação à vazão, observase que a velocidade da frente de umidade nas irrigações realizadas sem intermitência, sofreu um decréscimo de 38,37; 56,92 e 68,60%, entre as irrigações com emissores de 12,0 L h"1 e as irrigações com emissores de 8,0; 4,0 e 2,0 L h"1 respectivamente. Nas irrigações realizadas com uma intermitência, houve um decréscimo de 30,62; 56,35 e 72,05%, nas irrigações realizadas com duas intermitências, houve um decréscimo de 22,06; 55,77 e 70,32% e nas irrigações realizadas com três intermitências, houve um decréscimo de 14,95; 46,06 e 61,55%. Com base nos resultados, observa-se que as menores velocidades da frente de umidade ocorreram nas irrigações com duas intermitências e com emissores de 2,0 e 4,0 L h"1. A redução na velocidade da frente de umidade aumenta o tempo de permanência da água no perfil do solo, proporcionando um maior tempo de oportunidade para extração da água pela cultura, aumentando a eficiência de uso da água, e reduzindo as perdas por percolação profunda.