Um estudo do fluxo horizontal do vapor d'água atmosférico e o seu armazenamento sobre o Nordeste do Brasil.
Ano de defesa: | 1982 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN PÓS-GRADUAÇÃO EM METEOROLOGIA UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/2509 |
Resumo: | Foram calculados os valores mensais da água precipitável, do fluxo de vapor d'água e sua divergência para o ano de 1975, sobre a região seca do Nordeste do Brasil, entre 0° -20°S e 30° -50°W. As cartas mensais de precipitação para o mesmo período foram construídas e analisadas. 0 total de' vapor d'água em uma coluna atmosférica depende dos aspectos da circulação da atmosfera, especialmente pela transferência da convergência nas camadas mais baixas para as mais elevadas da atmosfera. A água precipitável torna-se, assim, dependente da estação do ano da distância ao oceano e altitude da localidade considerada. A intensidade do fluxo zonal de vapor d'água é maior do que o fluxo meridional, devido à predominância da circulação zonal da atmosfera sobre a região. Sabe-se que a divergência do fluxo de vapor d'água, em geral, governa os aspectos da precipitação como sua quantidade, e sob algumas considerações, esta divergência se iguala a evaporação menos a precipitação na equação de balanço. ; Dados de altitude de 12 estações de radiossonda da região e os valores diários observados dos campos do vento e da umidade específica nos níveis padrões na atmosfera, foram utilizados para análise. Os valores médios desses campos foram integrados da superfície da Terra ao nível de 500 mb para se obter o total de água precipitável, os transportes zonal e meridional do vapor d'água, como o fluxo total de vapor d'água integrado verticalmente. Finalmente, os campos de divergência do fluxo de vapor d'água foram obtidos para 4 meses característicos, usando-se uma grade de 2° de espaçamento e o método de diferenças finitas. As equações básicas foram adaptadas na forma a seguir, para os propósitos de cálculo: (Para ver as equações recomendamos o download do arquivo). Para o ano em estudo, a distribuição mensal da precipitação se assemelha às normas mensais em quase todos os meses, exceto para janeiro, que apresenta uma quantidade elevada de chuva, sobre parte dos Estados da Bahia, Paraíba e vizinhanças; e o mês de março, que registrou quantidade de precipitação abaixo da normal em Minas Gerais e interior, a sudoeste. A água precipitável mensal, o fluxo de vapor d'água e sua divergência são representativos dos aspectos normais dessas quantidades para cada mês. Como grande parte do vapor d'água está contido nas camadas mais baixas da atmosfera, o campo da fluxo do vapor d'água é governado pelos aspectos da divergência e convergência, i.e. pelo movimento ciclônico ou anticiclônico do ar, além da variação sazonal da circulação. Devido ã sua proximidade da região estudada, o Oceano Atlântico se constitui na principal fonte de vapor d'água, e o fluxo do vapor d'água sobre ai região depende, naturalmente, da posição e intensidade do anticiclone subtropical do Atlântico Sul, da posição da Zona de Convergência Intertropical e da Zona de Convertência Subtropical ao Sul, as quais se deslocam sazonalmente na direção -norte-sul. No verão, as baixas quentes se desenvolvem sobre o continente e, no Inverno surge o anticiclone débil. O efeito combinado dessas circulações pode ser visto nos campos do fluxo mensal de vapor d'água. A região Nordeste do Brasil, estudada, está na maior parte do ano sob a influência do anticiclone sub tropical do Atlântico Sul, que se estende na direção leste-oeste sobre o Oceano Atlântico. A região se situa, assim, na margem da célula semi-permanente de alta pressão. A forte divergência associada ao escoamento, conduz a um fluxo débil de umidade ao longo da vertical e tendo, como consequência, a seca. Os campos de divergência do fluxo de vapor d'água para quatro meses típicos (de cada estação do ano), i.e. março, junho, setembro e dezembro, foram obtidos e analisados. Embora os dados sejam insuficientes para uma generalização observa-se que os aspectos da convergência estão associados a precipitação, e os aspectos da divergência ocorrem sobre regiões secas ou com precipitação escassa. Evidentemente que estudos semelhantes, cobrindo extensas regiões do Brasil, com um número maior de estações de altitude e para um número maior de anos nos possibilitarão maior compreensão sobre a função do vapor d'água, seus campos da divergência e suas aplicações para o balanço de água e características da precipitação sobre extensas áreas. |