Desenvolvimento de lentes oftálmicas por fotopolimerização de compostos orgânicos.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: ALTIDIS, Marina Elizabeth Dias.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Ciências e Tecnologia - CCT
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/4822
Resumo: A fotopolimerização de monômeros tem ganhado destaque no desenvolvimento de novos materiais para o uso oftalmológico, tanto do ponto de vista industrial, tecnológico como cientifico, substituindo processos convencionais que usam peróxidos orgânicos como termoiniciadores para polimerização. Estes processos apresentam longos ciclos de cura (até 20 horas) enquanto os processos de fotoiniciação apresentam polimerização muito mais rápida, com ciclo podendo ocorrer em até 5 minutos, gerando economia de energia e tempo. O presente trabalho teve por objetivo caracterizar matérias-primas e lentes oftálmicas produzidas por fotopolimerização e estudar o processo de cura por radiação UV (fotopolimerização) desses materiais, visando reduzir o tempo de cura, o consumo energético e melhorar a qualidade das lentes oftálmicas produzidas. Para tanto, os monômeros, fotoiniciadores e lentes foram caracterizados, através das técnicas de: termogravimetria (TG), calorimetria exploratória diferencial (DSC), espectroscopia vibracional de absorção na região do infravermelho (IR) e espectroscopia vibracional de absorção eletrônica no UV-Visível (UV-Vis). As lentes produzidas também foram caracterizadas quanto às suas propriedades óticas (índice de refração e UV-A), mecânicas (dureza) e inspecionadas visualmente. Os resultados de termogravimetria mostraram a baixa estabilidade das matérias-primas, que apresentaram a seguinte ordem decrescente de estabilidade dos monômeros RAV-700® >SR-355® >SR-339® e dos fotoiniciadoras: CHIVACURE DBK® >IRGACURE 2022® >DAROCUR 1173®. No comportamento calorimétrico das matérias-primas ocorreu uma predominância de eventos endotérmicos, referentes a processos de volatilização do SR-355®, CHIVACURE DBK®, DAROCUR 1173® e IRGACURE 2022®, decomposição do SR- 355®, RAV-700® e IRGACURE 2022® e fusão do CHIVACURE DBK®; onde apenas o SR-355® apresentou eventos exotérmicos, referentes à polimerização e decomposição. As lentes produzidas apresentaram-se estáveis termicamente até a temperatura em torno de 1460C. Os espectros de infravermelho confirmaram as estruturas químicas das matérias-primas, apresentando bandas características de grupos funcionais como metila, vinila, carbonila e outros. As lentes obtidas a partir das mesclas M6 e M7 apresentaram propriedades como: dureza (70) e o índice de refração, adequado ao uso oftálmico.