“Se eu nascesse mil vezes, mil vezes casaria com Elenita”: história de vida da professora Maria Elenita de Vasconcelos (Pedra Lavrada-PB, 1944-1984).
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/1804 |
Resumo: | Esta dissertação é um estudo sobre a trajetória de Maria Elenita de Vasconcelos (1944-1984), professora e cientista social, natural de Pedra Lavrada-PB. O eixo norteador desta escrita será o de discutir as suas memórias construídas, a partir de seus familiares, amigos e habitantes da cidade. No primeiro momento, apresentaremos uma discussão sobre as amizades que ela teve na cidade e percebemos que as relações afetivas foram uma marca de destaque em sua vida, principalmente nas lembranças de ações que demonstraram ser ela uma mulher que tentava viver com seus amigos uma relação de carinho e companheirismo. No segundo momento problematizamos a memória dela enquanto mãe e esposa e percebemos a importância de Iêdo teve na construção desta e por ter sido uma das principais pessoas que tentou preservar o papel dela enquanto esposa e mãe. No terceiro e último capítulo, analisaremos os últimos acontecimentos na vida de Elenita, principalmente a partir da descoberta da terceira gravidez e do diagnóstico câncer. Procuramos também, refletir os seus desejos pós-morte e compreendemos a partir da leitura das fontes que a professora fez dos seus últimos acontecimentos na terra, um espetáculo final se apropriando do seu poder simbólico afetivo de forma consciente ou não para que seus desejos fossem cumpridos. Como fontes, utilizamos fotografias da educadora e de alguns locais que fizeram parte da sua história, entrevistas com parentes e amigos, um cartão postal escrito pela própria alguns meses antes do seu falecimento e uma carta testamento endereçada aos lavradenses, alguns parentes e amigos. Para fundamentar nossas discussões, foram utilizadas as contribuições de Foucault (1981) através dos seus estudos sobre estética da existência, como um relacionamento que conduz o sujeito à transformação de si, a partir da relação e existência do outro. As obras de Pinsky (2014), Louro (1997) e Perrot (2017) sobre o ideário construído em torno da mulher nos “Anos dourados”, período do qual este trabalho está inserido, também nos foram fundamentais, assim como Halbwachs (2006) e Delgado (2010), através dos quais discutimos a memória e a sua relação com a história. Para compreendermos a relação entre a pesquisa histórica e a biografia, foi analisada a obra de Dosse (2009) que discute a tensão existente entre este gênero e a abordagem moderna que tem como parâmetro o relativismo e as leituras historiográficas, enriquecidas pelas contribuições de outras áreas do conhecimento como a psicanálise e sociologia. |