Germinação, crescimento e desenvolvimento do coqueiro anão verde sob estresse salino.
Ano de defesa: | 2002 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS NATURAIS UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/2793 |
Resumo: | Realizaram-se três experimentos com o objetivo de se estudar a viabilidade do uso de águas salinas na irrigação do coqueiro (Cocos nucifera L.) cv Anão verde, em diferentes fases de cultivo. Os Experimentos I e I I , efetuados em Campina Grande, PB, constaram da avaliação dos efeitos da irrigação com águas salinas sobre: germinação e crescimento inicial de plântulas até 120 dias após semeadura ( I - Fase I ) avaliando-se, posteriormente, o comportamento de plântulas produzidas sob condição de estresse salino, após serem transplantadas para viveiro e irrigadas com água de condutividade elétrica de 2,2 dS m , durante 120 dias ( I - Fase I I ) ; no Experimento I I observou-se o crescimento de mudas no viveiro por 120 dias ( I I - Fase I ) , avaliando-se, em seguida, o comportamento das mudas produzidas sob condição de estresse salino após serem transplantadas para o campo e irrigadas com água de 2,2 dS m"1, durante 16 meses ( I I - Fase I I ) . Já o Experimento I I I , foi realizado em Parnamirim, RN, durante 2 anos, para se estudar os efeitos da condutividade elétrica da água de irrigação (CEa) sobre as características morfofisiológicas e de produção do coqueiro com 3,5 anos de idade, cultivado em solo arenoso. Adotou-se nos Experimentos I e I I , o delineamento inteiramente casualizado, com cinco tratamentos (CEa = 2,2, 5,0, 10,0, 15,0 e 20 dS m"1 denominados, respectivamente, T i , T2, T3, T4 e T5), sendo quatro repetições no Experimentos I (Fase I e I I ) e Experimento I I (Fase I ) e cinco repetições no Experimento I I (Fase I I ) ; no Experimento I I I preferiu-se o delineamento em blocos ao acaso, utilizando-se quatro tratamentos (CEa = 0 , 1 , 5,0, 10,0 e 15 dS m") e cinco repetições. As águas salinas utilizadas no estudo foram preparadas com a adição de NaCl comercial (sem iodo). Verificou-se, no Experimento I (Fase I) que o incremento da CEa não afetou significativamente a germinação que variou de 80 a 97,5%, porém afetou a velocidade de germinação (as mudas em T5 levaram em média 10 dias a mais para germinar que as mudas em Ti) e o crescimento das plântulas; entretanto, reduções drásticas na produção de fitomassa foram observadas apenas nos níveis > T4; o sistema radicular foi a variável mais afetada pela salinidade. No Experimento I (Fase I I ) constatou-se que os efeitos negativos da salinidade durante a fase de germinação na sementeira foram superados quando as mudas passaram a ser irrigadas com CEa = 2,2 dS m". No Experimento I I (Fase I ) constatou-se sobrevivência de 100% das mudas; reduções drásticas na velocidade de crescimento, fitomassa seca total, diâmetro do coleto e área foliar das mudas, foram observadas apenas em T 4 e T5 ; sistema radicular e área foliar foram as variáveis mais afetadas pela salinidade. No Experimento I I (Fase I I ) verificou-se que mudas produzidas no viveiro sob condições de estresse salino (CEa > 5,0 dS m"1) quando plantadas em solo salino e com problemas de encharcamento, apresentaram crescimento mais lento que as mudas produzidas sem estresse; reduções drásticas ocorrem naquelas irrigadas no viveiro com CEa > 15,0 dS m"1. No Experimento I I I o incremento da salinidade da água de irrigação reduziu o número total de folhas nas plantas e aumentou o tempo médio para emissão de inflorescências, principalmente nas plantas irrigadas com CEa = 15,0 dS m"1. O coqueiro irrigado com água salina apresentou mecanismo para superar o estresse hídrico, como redução da condutância estomática e do número de folhas; ocorreu redução no potencial hídrico foliar em função do incremento da salinidade, apenas no período da manhã; não se verificou alteração na eficiência do aparelho fotossintético devido à salinidade da água de irrigação. O uso de águas salinas (> 5,0 dS m"1) na irrigação provocou reduções significativas no número de frutos colhidos, em relação à testemunha (CEa = 0,1 dS m"1) mas apenas entre a 15a e a 19a colheita; no tratamento CEa = 15,0 dS m"1 houve significativa redução do número de frutos colhidos em relação à testemunha. A qualidade de produção foi afetada pelo incremento da CEa, com efeitos negativos sobre o peso e o formato dos frutos, volume da água de coco e positivos sobre o °Brix e sólidos totais dissolvidos da água de coco. A salinidade da água de irrigação resultou em tendência crescente nos teores de Cl, Na e K e decrescente nos teores de Mg na folha n° 14. O incremento da salinidade elevou significativamente os teores Cl, K, Na, Ca e Mg da casca de coco. Ao final do primeiro ano experimental, constatou-se aumento nos níveis de salinidade (CEes e RASes) em todo o perfil do solo, em relação ao início do experimento, os aumentos foram proporcionais aos aumentos de CEa e RAS da água de irrigação; contudo, não houve elevações consideráveis da CEes e RASes ao final do segundo ano, em relação ao final do primeiro ano. |