Pesquisa de Helicobacter spp. na mucosa gástrica de cães no Estado da Paraíba.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: FARIAS, Leonardo Alves de.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E SAÚDE ANIMAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25464
Resumo: Em cães têm se verificado a presença de várias espécies do gênero Helicobacter tendo como via de transmissão mais aceita a oral-oral e/ou fecal-oral. A descoberta de Helicobacter spp. nas fezes e saliva de cães junto com um relato de cultura de H. felis a partir do estômago de humanos reflete este potencial zoonótico das espécies que colonizam o estômago canino e felino, já que a infecção pela espécie H. pilory em humanos não há correlação com animais de companhia. Objetivou-se verificar a presença de bactérias do gênero Helicobacter na mucosa gástrica de cães recolhidos na Gerência de Vigilância Ambiental e Zoonoses, bem como, identificar os fatores de risco associados a presença de bactérias. Das 100 amostras de mucosa gástrica canina 88% (88/100) foram positivas para Helicobacter spp. no teste da urease. Não houve associação (p > 0,05) de nenhuma das três variáveis (idade, sexo e raça) com os resultados do teste de urease, Gram e cultura microbiológica. Os achados histopatológicos foram inflamação leve a moderada em 47,6 % (20/42) estômagos, não sendo encontrada inflamação de grau acentuado. Os cães apresentando inflamação leve eram cinco (11,9%) positivos para Helicobacter spp. e um (2,4%) negativo. Já com inflamação moderada três (7,1%) eram negativos para Helicobacter spp. e onze (26,2%) eram positivos, destes três (7,1%) cães apresentavam hiperplasia dos folículos linfoides. Os cães com histopatologia normal do estômago foram 52,4% (22/42), sendo 14 (33,3%) positivos para Helicobacter spp. e 8 (19,1%) negativos. A bactéria Helicobacter spp. possui alta prevalência nos cães da região e causa gastrite caracterizada por um infiltrado linfoplasmocitário na lamina própria e hiperplasia folicular linfoide, sendo necessário avaliar mais fatores de risco para a infecção nestes animais, assim como continuar a investigação sobre a idade em que ocorre a transmissão da bactéria. . Deve-se investigar o papel de cães como reservatório deste microrganismo e o potencial risco de transmissão para os seres humanos.