Sensibilidade da camada limite atmosférica no litoral cearense ao crescimento urbano de Fortaleza.
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN PÓS-GRADUAÇÃO EM METEOROLOGIA UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25622 |
Resumo: | A atual pesquisa tem como objetivo principal a investigação da sensibilidade das características da Camada Limite Atmosférica (CLA) em resposta aos efeitos do crescimento urbano, com possível formação de uma Ilha de Calor Urbana (ICU) no litoral Brasileiro, especificamente na cidade de Fortaleza. Para isso, foram analisados perfis verticais de temperatura potencial virtual – θv e vento obtidos a partir de dados de radiossondagens para identificação das características dentro da CLA e a presença de sinais que indiquem a formação da ICU. A campanha experimental foi realizada durante o mês de abril de 2011 no âmbito do Projeto CHUVA. Para a caracterização da ICU foram usadas imagens de satélite Landsat 5 e Landsat 8, nos anos de 1988, 1991, 1996, 2001, 2006, 2013 e 2017 para indicação do crescimento urbano na região de estudo através dos resultados de estimativa do albedo da superfície e a presença dos sinais da formação de ICU através de dados de estimativa da temperatura. Para quantificar a intensidade da ICU, utilizou-se dados de temperatura da superfície na localidade de Itaitinga, que se localiza no interior do estado e apresenta teor de urbanização inferior ao de Fortaleza. Dados de reanálise ECMWF ERA5 foram empregados para expansão da série temporal de dados, aumentando o período de estudo para 1980 a 2018. Os resultados encontrados apontam para a presença do sinal de formação da ICU em Fortaleza pela existência de uma camada termodinamicamente instável localizada até a altura média de 15,4 m com temperatura potencial virtual de 300,8 K, o que indica o não resfriamento da superfície e das camadas de ar logo acima no período noturno. Com os dados de reanálise foi possível verificar que a ICU de Fortaleza tem aumentado sua intensidade nas duas últimas décadas, de modo que as consequências desta dentro da CLA podem se acentuar nos próximos anos. Por fim, a presença da ICU tem considerável influência no escoamento médio próximo à superfície, de modo a suprimir a formação da brisa terrestre à noite quando se é observado uma intensidade do vento acima de 10 m/s. Mesmo quando o sinal da ICU não é observado, a brisa terrestre ainda não se forma como esperado, o que dá a possibilidade de concluir que a ICU influencia a circulação de brisa mesmo quando não tem um sinal forte. Por outro lado, a circulação de brisa tende a deslocar o centro da ICU para oeste. |