Análise da sustentabilidade ambiental na agroindústria canavieira utilizando a pegada hídrica.
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS NATURAIS UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/9729 |
Resumo: | A pegada hídrica é um conceito atual que indica o consumo direto e indireto de água em um processo, produto ou área delimitada. Atualmente, o setor agrícola é o maior responsável pelo uso mundial de água, sendo necessário, portanto, estudos que apresentem a pegada hídrica (PH) dessa atividade.O objetivo do presente trabalho foi avaliar a PH como indicador de sustentabilidade ambiental, da agroindústria canavieira no município de Camutanga, Pernambuco, inserida na sub-bacia hidrográfica do rio Capibaribe Mirim. A avaliação da PH foi realizada de acordo com a metodologia do manual de avaliação da PH e ISO 14046:2014, seguindo as etapas de definição de objetivos e escopo, cálculo da PH, avaliação da sustentabilidade e medidas para redução da PH. A análise da PH foi realizada a partir dos dados do cultivo de cana-de-açúcar e da fabricação dos subprodutos, etanol e açúcar, referente a primeira safra (2016/2017) e segunda safra (2017/2018), da Usina Olho D'Água. Para tanto, contabilizou-se a PH verde, azul e cinza da agroindústria canavieira. Para o mapeamento do uso e ocupação do solo da área, utilizado na análise da sustentabilidade da PH verde, aplicou-se o índice de vegetação por diferença normalizada (IVDN). Para o estudo da sustentabilidade ambiental da PH, para as referidas safras e uma série histórica de 2000 a 2017, considerou-se os períodos seco, chuvoso, mensal e safra completa. Os indicadores utilizados para a avaliação da sustentabilidade ambiental da PH foram a escassez de água verde (EAverde), escassez de água azul (EAazul) e nível de poluição da água (NPA). As medidas propostas para a redução da PH foram priorizadas para as pegadas que apresentaram-se insustentáveis. Por fim, analisou-se todos os poluentes utilizados nas duas safras, afim de identificar o menos prejudicial ao meio ambiente e ao ser humano, através do NPA e das classificações quanto a toxicidade ao ser humano e periculosidade ambiental.Os resultados apresentaram uma PH total para a cana-de-açúcar de 2364,87 m³/t e 1043,92 m³/t, sendo a maior contribuição dada pela componente cinza, com 86% e 75%, para primeira e segunda safra respectivamente. Quanto a PH do processo de fabricação dos produtos, o etanol obteve maior PH com aproximadamente 10m³/t, enquanto o açúcar foi 4,7m³/t em média para as duas safras. Na área da sub-bacia hidrográfica do rio Capibaribe Mirim, onde está inserida a usina, prevaleceu o uso de áreas agrícolas, com 41,28%, enquanto o espelho de água com 0,52% da área total da sub-bacia. Diante desses valores do uso e ocupação do solo, a EAverde apresentou-se sustentável para todos os períodos estudados. Quanto EAazul, foram identificados pontos insustentáveis apenas nos períodos seco e mensal nas duas safras. O NPA da agroindústria canavieira apresentou-se insustentável na maioria dos períodos, com valores, para a safra completa de 1221,93% e 798,28%, sendo representados pelos agrotóxicos Diurom 800 e Imazapique, na ordem de primeira e segunda safra. Concluise que o uso da PH para a análise da sustentabilidade ambiental da agroindústria canavieira, proporcionou entender a relação dessa atividade com os recursos hídricos na sub-bacia Capibaribe Mirim, auxiliando na gestão da água para a região. Este estudo foi o primeiro a analisar a sustentabilidade ambiental da PH do cultivo de cana-de-açúcar, utilizando-se como poluentes críticos os efeitos dos agrotóxicos. |