O grande olho paraibano: a vigilância de classe realizada pelo SNI, Polícia Federal e Dops na Paraíba durante a ditadura empresarial militar (1964- 1985).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: SILVA, Jefferson Florencio da.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/30725
Resumo: O objetivo deste trabalho é analisar a atuação dos órgãos de informação e repressão da ditadura empresarial militar na Paraíba (1964-1985) e demonstrar como essa atuação teve um forte conteúdo de classe. Através das fontes da Agência Regional do SNI de Recife, do Departamento da Policia Federal da Paraíba e do DOPS-PB tivemos a preocupação de demonstrar como esses órgãos foram instrumentos do regime usados principalmente contra as camadas subalternas da sociedade paraibana que lutavam para reivindicar seus direitos sociais, econômicos e políticos. Por isso que partimos da hipótese de que a vigilância exercida por esses órgãos era uma vigilância com sentido de classe, uma vez que compartilhamos da interpretação que o golpe de 64 foi um golpe de classe e a ditadura que dele nasceu é uma ditadura de classe aberta e na sua forma autocrática mais completa. A missão principal desses órgãos era anular na Paraíba, assim como em todo o Brasil, a luta de classes no país, antecipando, anulando e reprimindo através dos órgãos de informações e repressão, qualquer protesto, greve e manifestação contra a ditadura, por menor que fosse a fagulha social. O objetivo maior desta pesquisa é evidenciar como as lutas sociais na Paraíba foram vigiadas por esses órgãos e diversos cidadãos paraibanos que buscaram reivindicar por melhores condições de vida tiveram suas vidas monitoradas e sofreram com a vigilância e repressão desses instrumentos ditatoriais.