Zoneamento de risco climático para a cultura do milho: uma nova abordagem metodológica aplicada ao clima da Paraíba.
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN PÓS-GRADUAÇÃO EM METEOROLOGIA UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/1447 |
Resumo: | O objetivo deste trabalho foi desenvolver uma nova abordagem metodológica para ser utilizada em associação aos resultados da técnica já consolidada do Zoneamento Agrícola de Riscos Climáticos (ZARC) adotada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA, visando adequar os resultados do zoneamento tradicional a realidade do período chuvoso local, através da análise do balanço hídrico, procurando assim, minimizar, ainda mais o risco climático para a cultura do milho de sequeiro no Estado da Paraíba. Elaborou-se inicialmente o ZARC para a cultura do milho, com base na aplicação do modelo de balanço hídrico SARRAZON (Sistema de Análise Regional dos Riscos Agroclimáticos, Módulo Zoneamento) e que combinado com ferramentas de geoprocessamento, utilizou-se para identificar as áreas e os períodos de menor risco de quebra de rendimento e restrições hídricas. O índice de Satisfação da Necessidade de Água (ISNA) foi adotado com o critério de corte e definido como a relação entre a evapotranspiração real e a evapotranspiração máxima (ETR/ETM) para valores entre 0,45 e 0,55, que definira uma aptidão agrícola. Foram utilizados dados de precipitação pluviométrica do período de 1961 a 2012 e dados de temperatura estimada, de 99 pontos no Estado da Paraíba, parâmetros do solo e da cultura do milho (capacidade de água disponível, duração dos ciclos e das fases fenológicas, coeficientes de cultura, etc) e que associados aos resultados do ISNA e às classes de riscos, foram utilizados para a geração dos resultados finais do zoneamento. Os resultados obtidos foram utilizados para delimitar as regiões com maior potencial agroclimático e determinar as épocas de semeadura que ofereçam menores riscos climáticos, assim, foi possível identificar as melhores datas de plantio, minimizando os riscos climáticos regionais. Por outro lado, desenvolveu-se uma nova abordagem metodológica, chamada de Zoneamento Climático Ajustado (ZOCLIMA), que baseada no balanço hídrico sequencial de Thornthwaite&Mather foi determinado os períodos de excedente, deficiência e reposição, e como os resultados gráficos do balanço, delimitou-se a área da reposição hídrica com a interseção do zero do período de excedente hídrico, criando um período delimitado e que foi considerado como a faixa temporal mais adequada à semeadura. Esse resultado foi utilizado como complementar e restritivo ao SARRAZON, filtrando as épocas de plantio já definidas como indicado pelo ZOCLIMA, gerando assim um novo calendário indicativo do plantio do milho de sequeiro. O ZOCLIMA, apesar de ser mais restritivo, conseguiu filtrar os extremos extrapolantes dos resultados obtidos pelo SARRAZON, que indicava datas de plantio fora do período mais chuvoso da região, tanto no início, quanto no final da estação chuvosa e com isso reduziu o risco climático da perda ou quebra de safra do milho de sequeiro, principalmente por apresentar um período limitante mais seguro e a garantia de indicativo climatológico de umidade no solo e de também poder aplicar a metodologia individualmente para cada localidade, garantindo assim, um indicativo do período de semeadura dentro do período mais chuvoso de cada região, reduzindo deste modo, as perdas por estresse hídrico. |