Incorporação de resíduos da indústria de calçados (EVA - etileno vinil acetato) em tijolos prensados de terra crua.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: SILVA, Elisângela Pereira.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRÍCOLA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/933
Resumo: A Paraíba se destaca no mercado nacional de calçados ocupando o quinto lugar em exportação. Algumas dessas indústrias utilizam um tipo de polímero o EVA (etilene vinil acetate), para fabricação de palmilhas e solados de calçados. O destino final dos resíduos gerados parece ser os lixões e aterros clandestinos. Esses resíduos consistem de restos de placas provenientes do processo de corte para fabricação do calçado e de um pó resultante da fase de acabamento. Uma maneira de livrar o meio ambiente dos inconvenientes causados pela geração desses resíduos é a sua incorporação em tijolos de terra crua, tema desta dissertação. Foram inicialmente feitos ensaios de caracterização dos materiais empregados. Foram testadas várias combinações do teor de solo-EVA, tendo o teor desses resíduos variado de 0 a 50% em relação ao volume de solo. Para o emprego do resíduo que se apresenta em forma de placas adotou-se a trituração em moinho rotativo para produzir partículas menores que 2,4 mm. No caso do resíduo em pó não houve nenhum processo de transformação. Como estabilizante foi usado o cimento em taxas de 6, 8 e 10% em relação ao peso do solo. Foram obtidas as resistências à compressão de tijolos prensados em uma pequena prensa manual, com diversas misturas. Com algumas destas misturas fabricaram-se tijolos com os quais foram moldados quatro painéis com cerca de lm2 . Eles foram instrumentados com 5 extensômetros para acompanhamento das deformações e procedeu-se o ensaio de compressão simples. Também foram construídas duas paredes, uma com incorporação de EVA e outra sem, para comparação do desempenho térmico. Os resultados mostraram que à medida que se aumentou o teor de EVA a resistência dos tijolos caiu sensivelmente. Mais de 10% de incorporação é inconveniente. O comportamento das paredes foi satisfatório, porém com o equipamento utilizado não se consegue compactar o solo adequadamente e por conseguinte as resistências não foram elevadas, porém satisfatórias para muros divisórios não estruturais. Do ponto de vista térmico, mostrou-se que a incorporação de apenas 10% de borracha conduziu a uma diminuição de aproximadamente 5 °C em relação a parede de tijolos sem EVA, expostos às mesmas condições de contorno.