Agrotóxico e saúde: realidade e desafios para mudanças de práticas na agricultura.
Ano de defesa: | 2022 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar - CCTA PÓS-GRADUAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/30716 |
Resumo: | Como o número de pessoas no planeta continua a aumentar de forma exponencial, uma variedade de tecnologias foi desenvolvida para acelerar a produção de alimentos que atendam às necessidades da população. Entre essas tecnologias estão os pesticidas ou agrotóxicos, criados na Segunda Guerra Mundial e originalmente destinados ao uso como armas químicas. No período pós-guerra, os agrotóxicos mudaram de armas químicas para fortificações agrícolas, também conhecidas como, agrotóxicos, pesticidas, ou produtos fitossanitários. Portanto, desde o seu surgimento, seu uso sempre existiu para atender às necessidades básicas alimentares da população, dentre eles destaca-se a aplicação de agrotóxicos nas lavouras, mas a proporção de consumo desse produto vem aumentando, sendo o seu uso em larga escala o responsável por muitos problemas relacionados a danos ambientais e à saúde. Como maior consumidor de agrotóxicos do planeta, o Brasil acumula um grande número de problemas ambientais e de saúde pública devido ao grande e incorreto uso dessas substâncias. Com base nessas informações este estudo buscou discutir os principais impactos dos agrotóxicos na saúde dos trabalhadores rurais e os desafios para mudanças de práticas na agricultura. Para tanto, realizou-se uma revisão integrativa da literatura, onde as buscas foram conduzidas no mês de maio de 2022, nas bases de dados eletrônicas: Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) via PubMed, Cummulative Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL), Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Portal de Periódicos CAPES/MEC e Google Acadêmico. Os resultados mostraram que agrotóxicos proibidos em outras partes do mundo continuam sendo utilizados no Brasil, por mais que existem provas científicas dos seus impactos à saúde humana. Dentre os agrotóxicos mais usados, os resultados mostram que o glifosato; 2,4D e atrazina lideraram o ranking. Na perspectiva dos impactos a saúde, os estudos mostraram que principais doenças foram: depressão, câncer, problemas cardíacos, hipertensão, gastrite, enfisema pulmonar, doença de Alzheimer, problemas respiratórios, deficiência mental, mal formação congênita, doenças de pele e dentre outras. Ao concluir, destaca-se o quanto é necessário não priorizar apenas os critérios de produção, contudo a proteção da saúde dos trabalhadores do campo e a população com um todo. A forma como o Brasil tem caminhado em relação ao uso de agrotóxicos mostra a necessidade das ações conexas ao esclarecimento dos efeitos do uso indiscriminado, ao controle e fiscalização. Neste aspecto, é a mobilização dos órgãos governamentais e sociedade, de programas que incentivem outras maneiras de se produzir com menos agressividade à saúde das pessoas, do trabalhador e de todos os consumidores. |