Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Rodrigues, Elisa Santos Magalhães |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/6949
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Resumo: |
A caderneta de saúde da criança, documento produzido pelo SUS, pretende estabelecer um diálogo com a família e profissionais para a vigilância da saúde infantil, com enfoque no seu crescimento e desenvolvimento. Objetivou-se avaliar a nova Caderneta de Saúde da Criança com suporte nas experiências, compreensões e significados constituídos desta tecnologia, na Atenção Básica, no Município de Fortaleza-CE, sob a percepção de usuários e profissionais de saúde. Realizou-se uma avaliação qualitativa, à luz da hermenêutica-dialética, em seis unidades de cada regional, tomadas aleatoriamente. Utilizou-se a observação sistemática na rotina dos serviços e consultas e entrevistas semiestruturadas com 12 profissionais de saúde e 18 usuários, selecionados por sorteio. O exame foi realizado por meio da Análise de Discurso do material empírico. Os resultados foram organizados em quatro categorias analíticas centrais, nas quais foram reagrupadas as categorias empíricas: 1. As vivências e significados constituídos pelos sujeitos com relação a CSC, onde a caderneta aparece como uma tecnologia de auxilio para maior parte das usuárias, evidenciando aspectos do crescimento, amamentação, direitos e vínculo familiar. Para os profissionais, a caderneta aparece como um instrumento restrito à prática profissional para registro de informações do crescimento e desenvolvimento infantil; 2. A experiência de profissionais e usuários com a caderneta de saúde da criança na perspectiva dos sujeitos, em que os usuários conseguem perceber esta posição mais conservadora do serviço e sua exclusão do processo, bem como os profissionais atribuem pouco valor por parte das mães à caderneta e as informações ali contidas; 3. Limites e possibilidades percebidos pelos profissionais e usuários para o trabalho com a caderneta de saúde da criança. As dificuldades são derivadas das limitações de conhecimento sobre o instrumento; da não complementaridade na caderneta das ações de diversos profissionais que assistem a criança; dos enfrentamentos cotidianos do processo e da organização do trabalho das equipes de Saúde da Família que dificultam a utilização da caderneta; do desinteresse e descuido das famílias com o instrumento. As usuárias referem falta de estímulo do serviço, tempo, diálogo e humanização nas relações; e 4. Sugestões apontadas pelos profissionais de saúde e usuários para experiências mais exitosas com a caderneta de saúde da criança. A pesquisa aponta caminhos possíveis e necessários para melhorar a utilização da caderneta como instrumento de vigilância integral à saúde da criança como a melhor exploração do material pelo serviço junto aos usuários na puericultura e estímulo às ações educativas. Além disso, relatam a necessidade de capacitação e sensibilização do serviço para o trabalho com a caderneta. O estudo aponta para a necessidade de um olhar diferenciado do serviço em relação ao usuário, com ênfase na sua capacidade de escolha e de aprendizado no seu contexto. Além disso, demonstra que apesar de os profissionais subestimarem a eficiência de ações como as que a caderneta exige no cotidiano das pessoas, observa-se que o investimento em Educação em Saúde com compromisso do serviço ancorado em referenciais mais reflexivos pode contribuir para o processo de cuidado na atenção à saúde da criança. |