Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Almeida, Maria Socorro Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
www.teses.ufc.br
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/7587
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Resumo: |
Investiga a relação entre níveis distintos de oralidade, no período final da creche, e a evolução na reconstituição oral e escrita do texto narrativo em diferentes etapas do desenvolvimento das crianças. A base teórica recaiu sobre a psicogênese da linguagem escrita, de Ferreiro e Teberosky; os trabalhos de Adam para a análise da estrutura narrativa e a compreensão histórico-cultural de aprendizagem e desenvolvimento de Vigotski. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, cuja técnica de coleta de dados constou de observador-como-participante. Quanto ao tipo, estudo de multicasos em caráter longitudinal em quatro etapas. Os sujeitos investigados na primeira etapa foram crianças de três anos de idade de três instituições de Educação Infantil da cidade de Fortaleza-Ceará, sendo duas da rede pública municipal e suma conveniada, conforme a prática pedagógica: contar e recontar histórias em processo dialógico; contar esporadicamente e não contar histórias. Compuseram um total de 15 sujeitos, os mais falantes de cada turma. Finalizou-se a quarta etapa com 11 crianças que estavam concluindo o 2º ano do Ensino Fundamental, distribuídas em cinco escolas, incluindo as três supracitadas mais duas particulares de pequeno porte. Os recursos e instrumentos utilizados na coleta dos dados foram livros, gravações de áudio em formato MP4 e diário de campo, questionário para os pais e professoras, bem como roteiro de entrevistas semi-estruturadas para crianças e coordenadoras. Liam-se as histórias e solicitava-se aos sujeitos o reconto imediato, seguido da escrita dos textos. A análise individual dos casos indicou que cada criança expressou evolução constante na aprendizagem da oralidade e da escrita. A análise cruzada dos 11 casos indicou que, para algumas crianças, o fato de não haverem apresentado produção oral na primeira etapa não resultou em diferença na aprendizagem da escrita em relação àquelas que haviam esboçada elevada capacidade discursiva verbal; indicou também que a capacidade de reelaborar as estruturas narrativas formais é relativa à fluência verbal e que a fluência verbal é se refere ao desenvolvimento cognitivo, pois as crianças que expressaram dificuldades em compreender a trama das narrativas foram aquelas que também mostraram dificuldades na expressão verbal e, por conseguinte, escrita; e que as crianças das escolas públicas apresentaram maior evolução na aprendizagem do que as crianças das escolas particulares. Assim, constatou-se que o desenvolvimento cognitivo aferido pela capacidade de reconstruir as narrativas com encadeamento lógico-causal, tanto na oralidade quanto na escrita, é relativo à apropriação da linguagem dos sujeitos e independe de nível socioeconômico das famílias das crianças investigadas, mas correlacionado com o trabalho pedagógico das escolas e com a singularidade da criança. |