Resumo: |
Esta pesquisa se propõe a compreender as relações participativas e de vivências das formas de se comunicar entre os estudantes surdos do Instituto Cearense de Educação de Surdos (Ices), localizado no bairro Aldeota, em Fortaleza, Ceará. A partir da etnografia (PEIRANO, 1995) com pesquisa participante (BRANDÃO, 1984; 1985) como metodologia, pôde ser investigado a história dos surdos no Brasil, refletir sobre as diversas formas de participação (SILVA, 1986) de grupos de alunos durante o período de aula e de greve na escola pública estadual, e compreender a relação deles com o Instituto. Neste trabalho, há estudos sobre a relação do contexto social com as representações sociais da identidade, além de aprofundamentos em torno do que é a cultura surda; as concepções sobr ser surdo e/ou Surdo; o papel da alteridade no processo de cidadania; e os direitos adquiridos dos surdos. Nas considerações finais, foi possível entender que a participação de discentes surdos deu-se através da mobilização dos próprios estudantes e de servidores do Ices. Por fim, o campo ainda proporcionou momentos interventivos, através da realização de oficinas de fotografia básica, e jornal mural durante as aulas convencionais e de cinema enquanto os professores estavam em greve. Este percurso de pesquisa também me fez perceber que a intervenção esteve presente desde minhas primeiras aproximações com o Instituto dos Surdos. Agora, é possível concluir que as metodologias participativas unem esses processos. |
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