Morfofisiologia e teores de elementos minerais na cultura da melancia em dois sistemas de cultivo irrigados com águas salobras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva Junior, Francisco Barroso da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/69769
Resumo: A melancia [Citrullus lanatus (Thunb.) Matsum & Nakai.] é cultivada praticamente em todos os estados brasileiros, consolidando o país como o quarto maior produtor mundial. A implantação das lavouras de melancia pode ser feita por meio de semeadura direta ou por meio de transplantio de mudas. Entretanto, a região Nordeste, principal região produtora do país, enfrenta cada vez mais problemas relacionados a escassez de recurso hídrico de boa qualidade, constituindo um problema limitante para a produção agrícola na região. Diante deste contexto, o objetivo deste trabalho foi avaliar o crescimento, as respostas fisiológicas e os teores de elementos minerais da cultura da melancia submetida a diferentes condutividades elétricas da água de irrigação, utilizando-se mudas ou semeadura direta. O experimento foi realizado em uma área localizada no Perímetro Irrigado Baixo Acaraú, pertencente aos municípios de Acaraú, Bela Cruz e Marco, na região norte do Estado do Ceará. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso com parcelas subdivididas, com quatro repetições. As parcelas foram formadas pelas condutividades elétricas da água de irrigação (0,3; 1,5; 3,0; 4,5 dS m-1) e a subparcela pelos 3 métodos de plantio (SD=semeadura direta, TP1=transplantio da muda produzida com água de salinidade moderada e TP2=transplantio da muda produzida com água de baixa salinidade). Analisou-se o crescimento das plantas por meio das seguintes variáveis: comprimento da rama principal, diâmetro do caule, número de folhas expandidas, biomassa seca do caule, das folhas e da parte aérea. Também foram avaliados alguns índices fisiológicos: taxa de assimilação de CO2, concentração interna de CO2, taxa de transpiração, condutância estomática e a temperatura da folha, sendo calculados posteriormente a eficiência instantânea do uso da água, eficiência intrínseca do uso da água e eficiência de carboxilação. Além disso, foi determinado os teores de N, P, K, Ca, Mg, S, Cl, Cu, Fe, Zn, Mn e Na. A utilização de mudas de melancia produzidas com a água de moderada salinidade não resulta em maior tolerância ao estresse salino durante a fase de crescimento. Os teores foliares de Na, Cl, Ca e S aumentam com o nível do estresse salino, independente do método de plantio. Entretanto, as plantas oriundas de mudas (TP1 e TP2) apresentam as maiores concentrações desses elementos nos maiores níveis de salinidade. Já os teores foliares de Cu e Mn diminuem com o aumento da salinidade da água de irrigação, com exceção do método de plantio SD que apresentam aumento da concentração de Mn nos maiores níveis de estresse. O método de plantio por semeadura direta (SD) foi superior em praticamente todas as variáveis de crescimento, independentemente da salinidade da água de irrigação, em virtude da maior rapidez no estabelecimento da cultura em campo.