A mulher sujeita à violência masculina: representação social de sua identidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Oliveira, Lucineire Lopes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/50642
Resumo: Trata-se de uma pesquisa de caráter qualitativo, norteada pela Teoria das Representações Sociais, cujo objetivo é apreender a representação social da identidade das mulheres sujeitas à violência masculina. O universo da pesquisa foi composto por 98 mulheres expostas a violência masculina em Mossoró-RN, sendo utilizado como instrumento, a entrevista semi-estruturada, para obtenção dos discursos. Nas entrevistas realizadas, foram identificados cinco discursos predominantes: Discurso A - A força do instinto maternal, como suporte de enfrentamento, utilizado pela mulher sujeita à violência masculina; Discurso B - O dinheiro, sendo utilizado como veículo de dominação feminina, em um relacionamento violento; Discurso C - A religiosidade, como estratégia utilizada pela mulher, para enfrentar a violência; Discurso D - O medo do abandono, da separação, e dos "outros1, como suporte de enfrentamento da violência masculina; Discurso E - A crença no impossível, para tornar possível a convivência com a agressão masculina; estes, foram selecionados para análise, efetuada segundo a técnica da análise estrutural do discurso, o que possibilitou conhecer os fatores tidos como determinantes no processo de construção da identidade da mulher sujeita à violência masculina. Dentre estes fatores, o predomínio ficou por conta da cultura androcêntríca, que considera o homem superior à mulher, naturalizando os riscos e agravos a que as mulheres estão expostas, em virtude de sua condição de subordinação, inferioridade e desvalorização.