As muitas faces da morte na poesia de Ferreira Gullar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Lial, William Lima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: www.teses.ufc.br
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/8089
Resumo: Este trabalho visa a pesquisar a morte na poesia de Ferreira Gullar, contemplando seis de suas obras que mais possuem a presença deste tema. As obras são: A Luta Corporal (1954), Dentro da Noite Veloz (1975), Poema Sujo (1975), Barulhos (1987), Muitas Vozes (1999) e Em alguma parte alguma (2010). Nesses livros, vê-se que a poesia de Ferreira Gullar aborda diversas características da morte, explorando a dor sentida pela perda de um amigo, de um ente querido, o medo de perder a vida e as formas de tentar fugir dela, assim como as formas como a morte se apresenta à sua vítima ― seus sinais, suas características. Diante disso, a morte tanto pode ser agressiva, rápida e indolor, como pode ser rasteira, apresentando-se pouco a pouco. Contudo, algo é claro na poesia de Gullar, a morte é suprema, não há fuga; há, porém, a possibilidade da essência humana individual sobreviver a ela, permanecendo nos herdeiros, na lembrança ou numa simples fotografia; vislumbres de quem partiu que podem perpetuar sua memória. Estudando seus poemas, vê-se que a escolha de palavras e organização dos versos é de suma importância para o autor na sua tentativa de alcançar a máxima expressividade, usando a estrutura dos poemas como apoio e condição indispensável para a construção do tema e da compreensão do texto. Assim, a poesia de morte de Ferreira Gullar angustia e agrada, pela sua filosofia, pela sua beleza estrutural e semântica, pelo seu tramitar entre o niilismo e a memória, numa linguagem simples, profundamente ligada ao cotidiano, realizando-se entre os dias comuns de cada um, nas relações comuns, onde a morte se mostra um desses fatos, acontecimentos triviais, vista sem glamour ou romantismo.