Avaliação do desempenho dos médicos do programa de saúde da família na identificação de câncer de pele em idosos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Carvalho, Sunny
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/1000
Resumo: INTRODUÇÃO. O rápido envelhecimento populacional traz desafios para que os indivíduos atinjam uma longevidade ativa e saudável. Os cânceres de pele são problemas clínicos comuns e quando não identificados prontamente são causa importante de morbidade e mortalidade na população geriátrica. A identificação mais sistemática de casos de câncer de pele na prática clínica torna-se, então, fundamental, particularmente no nível primário de atenção à saúde. OBJETIVO. Avaliar o desempenho dos médicos do Programa de Saúde da Família na de identificação de casos de câncer de pele em idosos do município de Fortaleza, Ceará. MATERIAL E MÉTODOS. Realizou-se estudo transversal para avaliar o desempenho na identificação de câncer de pele por médicos do Programa de Saúde da Família de duas maneiras. Primeiro, por meio do exame clínico de uma amostra de 200 pacientes com idade igual ou superior a 60 anos, atendidos nas Unidades Básicas de Atenção à Saúde da Família e Comunidade, que foi independentemente examinada por 20 médicos do Programa de Saúde da Família e por um dermatologista, O exame do dermatologista e o exame histopatológico das lesões foram utilizados como padrão-ouro de referência. Segundo, mediante a análise, por 33 médicos residentes em Medicina de Família e Comunidade, de 14 fotografias de lesões cutâneas de pacientes idosos. RESULTADOS. O exame clínico realizado por médicos do Programa de Saúde da Família, como teste diagnóstico da presença de câncer de pele, apresentou uma sensibilidade de 21,4% (IC de 95%, 0,0%-42,9%), uma especificidade de 82,3% (IC de 95%, 76,8%-87,8%), valor preditivo positivo de 8,3 % (IC de 95%, 0,0% - 17,4%) e valor preditivo negativo de 93,3% (IC de 95%, 82,6% - 100,0%). O desempenho dos médicos residentes de Medicina de Família e Comunidade na identificação de casos positivos teve uma sensibilidade de 62,77% (IC de 95%, 56,2%-69,3%) e uma especificidade de 71,8% (IC de 95%, 65,6%-78,1%), valor preditivo positivo de 8,3 % (IC de 95%, 14,0%-29,2%) e valor preditivo negativo de 95,9% (IC de 95%, 95,1%-96,8%). Por meio da análise de fotografias, observou-se com uma sensibilidade média de 51,5% para identificação de carcinoma basocelular, de 62,1% na identificação de carcinoma espinocelular, e de 87,8% na identificação de melanoma. CONCLUSÃO. O desempenho dos médicos do Programa de Saúde da Família na identificação de câncer de pele requer aperfeiçoamento, dado que a grande maioria dos casos não está sendo diagnosticada quando da consulta médica. O treinamento destes profissionais no reconhecimento de lesões neoplásicas de pele pode efetivamente contribuir para redução da morbidade e eventual mortalidade destas condições clínicas.