Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Yade, Juliana de Souza Mavoungou |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
www.teses.ufc.br
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/14378
|
Resumo: |
A proposta desta pesquisa é compreender os processos de construção da memória de famílias negras a partir das migrações ocorridas no período pós-abolição. Para isso, partimos de nossa história familiar, que compartilha aspectos específicos do período, compreendidos como especificidades sócio-históricos manifestados nas narrativas de parte da população negra. A pesquisa de campo desenvolveu-se a partir do depoimento de três mulheres octogenárias e um homem nonagenário, que narram suas histórias de vida perpassadas por uma prática sociocultural desenvolvida por seus antepassados no território onde passaram parte significativa de suas vidas. Além dos depoimentos, na observação participante, tomamos parte da festa e das etapas em que é composta, visando a observar seus contextos e colher dados para posterior análise. A Festa do Cururuquara, que ocorre no bairro homônimo, em Santana de Parnaíba/SP, chega à sua 128a edição, no ano de 2015. No início, era uma forma de agradecer a São Benedito, Santo dos Pretos, pela liberdade. Leandro, Lizário, Elizeu e outros companheiros, também ex-escravizados e recém-libertos, como forma de homenagem, tocaram o Samba de Bumbo e, reunidos por três dias, planejaram o futuro, agora em liberdade. Desde então, os ascendentes dos primeiros moradores do lugar seguem realizando a Festa do Cururuquara próximo do dia 13 de maio. A memória dos anciãos depoentes desta pesquisa traz as especificidades da Festa e do território que a abriga, traduzindo a importância simbólica do território e da festa. Adotando como base teórica as memórias coletiva e individual; a oralidade; territorialidades de maioria negra; resistência identitária; foi possível interpretar as histórias do pós-abolição, no bairro, na Festa e na história de vida dos sujeitos da pesquisa. |