Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Silva, Maria Socorro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
http://www.teses.ufc.br
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/3653
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Resumo: |
Este estudo investigou o papel da Literatura Infantil no desenvolvimento da linguagem oral. Analisaram-se o uso sistemático e assistemático e os efeitos do não-acesso à Literatura Infantil. A base teórica recaiu sobre os estudos de Piaget, Vygotsky e Wallon, dentre outros que compartilham da mesma concepção de aprendizagem – socio-interacionista. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, cuja técnica de apreensão dos dados constou de observação simples. Quanto ao tipo, estudo de multicasos. Os sujeitos investigados foram crianças de três anos de idade de três instituições de Educação Infantil da cidade de Fortaleza-Ceará, sendo duas da rede pública municipal e outra mantida por entidades empresariais escolhidas, conforme a prática pedagógica: contar e recontar história em processo dialógico; contar esporadicamente e não contar histórias. Os mais falantes de cada turma compõem a amostra de 15 sujeitos. Coerente com a metodologia a professora conta a história e a investigadora solicita aos sujeitos o reconto imediato. Os recursos utilizados na apreensão dos dados foram registro fílmico e áudio, câmara fotográfica, diário de campo, questionário para os pais e professoras, fantoches e livros. A análise cruzada dos dados indicou que os sujeitos que acessam sistematicamente o texto literário apresentam capacidade discursiva verbal, nível vocabular e perícia em organizar informações em seqüência temporal e causal, assim como nível de socialização e desenvolvimento cognitivo superiores aos dos sujeitos dos outros casos. A análise do segundo caso, que acessa assistematicamente a literatura, demonstrou que esse trabalho não favoreceu a capacidade de agenciar e articular informações, bem como não proporciona desenvolvimento cognitivo e social dos sujeitos investigados, uma vez que, nesse grupo, apesar de as crianças recontarem as histórias, o fazem de modo independente dos colegas, sem considerar a fala do outro, não havendo discussão, discordância nem argumentação. No terceiro caso, o não-acesso à literatura, no ambiente de Educação Infantil, conjugado a outras ausências indicou um nível menos desenvolvido de desenvolvimento oral e soiocognitivo. Nesse grupo, somente uma criança que ouve história independentemente da escola recontou os dois primeiros contos, evidenciando que certas aprendizagens podem ocorrer fora da escola. Assim, o uso sistemático da Literatura parece proporcionar ganhos qualitativos e quantitativos no desenvolvimento da linguagem oral, além de alavancar outras aprendizagens |