Repercussões do cotidiano de famílias com crianças nascidas expostas ao HIV

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Vasconcelos, Simone Gonçalves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
HIV
Link de acesso: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/2182
Resumo: A convivência com pessoas portadoras do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) proporcionou a oportunidade de conhecer de maneira mais próxima as angústias que famílias portadoras do HIV enfrentam, tendo em vista que a sociedade ainda não consegue aceitar tranqüilamente a convivência com pessoas contaminadas, apresentando atitudes preconceituosas e discriminativas. Surge, então, a família como unidade de cuidado, e como importante fonte de ajuda para o indivíduo infectado pelo HIV, contribuindo para o bom desempenho físico e mental, redistribuindo suas tarefas e papéis no intuito de criar soluções destinadas à melhoria da qualidade de vida do ser doente. Em caso de crianças expostas ao HIV, a família deve ter seu foco voltado para ações educativas, respaldada por profissionais de saúde, buscando-se construir um elo consistente entre família – serviço de saúde – enfermeiro. Diante disto, os objetivos deste trabalho foram construídos com base na seguinte tese: Famílias com crianças nascidas expostas ao HIV sofrem repercussões que alteram o seu cotidiano. Assim teve-se como objetivo geral: Identificar as repercussões da infecção pelo HIV/aids no cotidiano das famílias com crianças infectadas pelo HIV/aids. Trata-se de estudo qualitativo realizado no domicílio de famílias comprometidas pelo HIV e que tinham crianças verticalmente expostas, através de questionário. Foram entrevistadas 21 mães no período de julho a dezembro de 2008. Os dados coletados originaram as seguintes categorias: 1. Descoberta do diagnóstico de soropositividade ao HIV materno; 2. Descoberta do risco da transmissão vertical; 3. Convivência no domicílio, com outros familiares, na comunidade e na escola depois do diagnóstico da criança; 4. Dificuldades enfrentadas pela mãe no cuidado com a criança; 5. Discriminações vivenciadas pela família; 6. Sentimento depois da entrevista. As famílias consideradas severamente disfuncionais de acordo com a classificação do APGAR familiar deram origem a genogramas e ecomapas. Em face do exposto considera-se que este trabalho permitiu além de identificar o contexto pelo qual vivem as famílias comprometidas pelo HIV, uma aproximação real do seu cotidiano. A partir do reconhecimento da vulnerabilidade da família que tem um ou mais de seus membros infectados pelo HIV, pode-se planejar intervenções de enfermagem que ajudem a família no enfrentamento da doença e do preconceito vigente. Assim, se favorecerão mudanças fundamentais centradas no seu fortalecimento, orientando-a para uma nova trajetória em relação ao sentimento de vulnerabilidade então vivenciado.