Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Campos, Renata Carvalho |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
www.teses.ufc.br
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/14635
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Resumo: |
É consensual entre os teóricos, a proposição de que a psicanálise é uma só, não havendo diferenças entre a análise de adultos e de crianças. Esses autores consideram, no entanto, que existem especificidades no tocante à infância, decorrentes do desenvolvimento e da linguagem, cujas repercussões comparecem na clínica. Tendo em vista essas divergências, questiona-se sobre a existência de particularidades na psicanálise com crianças e o que elas envolvem. Trata-se de uma mera questão de técnica? O que está para além da técnica e que une sob o termo psicanálise o tratamento de adultos e crianças? O que é comum às duas formas de psicanalisar? Em síntese, o que fundamenta a clínica psicanalítica? Fundamentar remete à articulação da teoria a um campo de experiência e é nesse contexto que se insere essa pesquisa, uma vez que, ela se origina nos impasses da clínica e retorna à teoria numa tentativa de aprofundar a compreensão do trabalho analítico com a criança. Nesse sentido, objetiva-se situar as diferenças que envolvem a clínica com crianças dentro da teoria psicanalítica, segundo as contribuições de Freud e Lacan. Ao investigar a clínica psicanalítica nos seus fundamentos, pretende-se estabelecer princípios para pensar a psicanálise com crianças, questionando o discurso em favor das especificidades. Sintoma e fantasia são utilizados como parâmetros por reunirem as condições necessárias para a presente investigação, a saber: correspondem à essência do que é desenvolvido num processo de análise e apresentam-se independente da idade do paciente. Dessa forma, como introdução à pesquisa, aborda-se a constituição da clínica psicanalítica com crianças, indicando as principais controvérsias acerca dessa prática. As contribuições de Lacan são contempladas numa discussão centrada na proposição do sujeito como um conceito que vem dirimir uma perspectiva desenvolvimentista da psicanálise com crianças, tendo em vista que o estatuto do sujeito em Lacan é ético e não ôntico, referindo-se ao inconsciente. Nos capítulos seguintes, sintoma e fantasia inauguram outro momento da pesquisa, ao mesmo tempo em que mantém o diálogo com o anterior. Isso porque, ao situar esses dois conceitos como parâmetros de trabalho, pretende-se compreender se a análise realizada com crianças se distancia da proposta originalmente pensada para adultos. Nesse cenário, considera-se que a presente investigação se insere no campo da psicanálise com crianças, sem, no entanto, se restringir a ele. Acredita-se que a relevância da pesquisa consista, justamente, em discutir o singular que a clínica com crianças comporta, suscitando questionamentos importantes à teoria, para, concomitantemente, localizar essas diferenças no campo da psicanálise. |