Entre letras e músicas: experiências juvenis em radioescolas de Fortaleza

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Campos, Tarciana de Queiroz Mendes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: www.teses.ufc.br
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/7847
Resumo: A pesquisa realiza um estudo sobre a atuação cotidiana de estudantes de instituições públicas de ensino básico de Fortaleza em produções radiofônicas e em radioescolas. Dessa maneira, apresenta como objetivo central analisar as experiências e práticas juvenis nos processos de produção, circulação de conteúdos e gestão de radioescolas na rede pública municipal de ensino, tendo como perspectiva investigar exercícios de cidadania que partem desses processos. Como forma de empreender esta análise, o estudo opta pela pesquisa participante como metodologia. Entre os principais procedimentos metodológicos estão a realização de rodas de conversa com quinze estudantes e a escuta coletiva de programas produzidos pelos jovens. Os procedimentos secundários de pesquisa consistem, além de análise documental, em visitas para observação do cotidiano escolar com enfoque nas práticas dos estudantes em torno das radioescolas e produções radiofônicas. A investigação prima por articular análises teóricas sobre juventude e cidadania às percepções empíricas dos estudantes, compartilhadas nas rodas. Assim, o estudo permite a abordagem das seguintes questões: os sujeitos da pesquisa reconhecem a si mesmos como jovens? Sob que aspectos pensam a cidadania em seu cotidiano? A análise dessas questões ao longo dos processos cotidianos de quatro radioescolas em Fortaleza, somada aos relatos dos estudantes, possibilita a distinção de quatro tipos de processo: aqueles com forte intervenção de professores, outros com destaque para a atuação de estudantes, aqueles caracterizados pela mediação de uma ONG e, ainda, outros marcados pelo não funcionamento das rádios. Observar cada um desses cenários com base nas discussões teóricas empreendidas por Bourdieu (1983, 1998, 2000), Margulis e Urresti (2000), Mouffe (1992, 2001), entre outros autores, conduz à percepção de que os processos comunicativos envolvem interlocutores em uma complexa trama cultural favorável à existência de conflitos, mas também de negociações.