Efeito da música e da glicose 25% na dor do recém-nascido pré-termo usando neonatal facial coding system

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Melo, Gleicia Martins de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Dor
Link de acesso: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/8291
Resumo: A dor gera desconforto, estresse e irritabilidade em recém-nascidos. Objetivou-se avaliar a dor dos recém-nascidos pré-termo por meio da escala Neonatal Facial Coding System (NFCS) durante a punção arterial, no grupo com intervenção musical e no grupo com intervenção de glicose 25%. Ensaio clínico randomizado transversal, duplo cego, realizado em um hospital público, em Fortaleza/Ceará/Brasil. Os dados foram coletados de maio/agosto/2013, com base em levantamento de banco de filmagens de recém-nascidos pré-termo, assistidos nas unidades de cuidados intensivos e intermediários neonatais, entre novembro/2011 e agosto/2012. A amostra constou de 48 recém-nascidos pré-termo, 26 randomizados no Grupo Experimental (Música), 22 no Grupo Controle (Glicose 25%). Uma música de ninar foi tocada durante 10 minutos antes da punção arterial por meio de MP4 interligado ao fone de ouvido, para os neonatos do Grupo Experimental, sendo 2ml de glicose 25% administrada para os do Grupo Controle dois minutos antes da punção arterial. Coleta realizada por meio da análise das expressões faciais contidas num formulário para caracterizar o Momento Pré-Intervenção (10 minutos anteriores ao Momento de Tratamento, distribuídos em oito minutos iniciais e dois minutos finais); e em cinco momentos para o NFCS: Basal (14 segundos), Tratamento (quatro segundos – antissepsia), Doloroso (20 segundos), Recuperação 1 (20 segundos – compressão) e Recuperação 2 (20 segundos – cinco minutos após recuperação 1). As expressões faciais foram analisadas por quatro especialistas, sendo um no Momento Pré-Intervenção, que mensurou o número de movimentos do choro, espirro, bocejo, franzir de testa, olhar focalizado, olhar vago, dormindo, movimento da cabeça e membros superiores em face e outros três, que avaliaram a mímica facial pela NFCS. Pesquisa aprovada por comitê de ética sob o parecer nº 060717/11. A ANOVA mostrou que, no Momento Pré-Intervenção, prevaleceu o movimento franzir de testa no Grupo Experimental, movimento de cabeça no Grupo Controle nos oito minutos iniciais. Já nos dois minutos finais, a expressão dormindo manifestou-se equivalente nos grupos, com significância favorável à música para olhar vago (p<0,001). Ao comparar o Momento Pré-Intervenção com o Doloroso, o teste de Fisher indicou que a média de dor foi igual no Grupo Experimental (7,6±1,8) e no Grupo Controle (8,0±2,8). Os valores médios do NFCS foram semelhantes nos dois grupos nos Momentos Basal, Recuperação 1 e Recuperação 2, com diferença estatisticamente significante no Momento Tratamento (p=0,014) e no Momento Doloroso (p=0,029) para Grupo Controle (teste de Bonferoni), mas não mostraram efeito do tempo com a intervenção (Wilk’s Lambda=0,207; F=1,314; p=0,316); também, não houve tendência de crescimento ou decréscimo do escore de dor (Wilk’s Lambda=0,184; F=1,517; p=0,223). Nas variáveis neonatais numéricas e terapêuticas, os recém-nascidos do Grupo Experimental e do Controle versus valores totais do NFCS no Momento Doloroso não se mostraram com p significante quando avaliados pelo teste t-Student. Conclui-se que a hipótese de não inferioridade do efeito da música em relação à solução de glicose 25% nos Momentos Tratamento e Doloroso foi inconclusiva, considerando-se válida nos Momentos Basal, Recuperação 1 e Recuperação 2, conforme os escores de dor do NFCS em recém-nascidos pré-termo.