Efeito dos polissacarídeos sulfatados da alga marinha parda Spatoglossum schroederi sobre o aumento da resistência do camarão Litopenaeus vannamei, submetido a situações de estresse

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Lima, Paula Cristina Walger de Camargo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/18510
Resumo: O estresse é o agente imunossupressor mais potente na carcinicultura, causando o declínio das defesas naturais dos camarões, deixando-os enfraquecidos e suscetíveis às contaminações por microorganismos patogênicos, presentes na água e nos sedimentos dos viveiros. Sendo assim, o desenvolvimento de estratégias que visem tornar estes animais mais resistentes é de fundamental importância para o sucesso da atividade. Uma possível solução que vem sendo muito estudada nos últimos anos é o uso de compostos imunoestimulantes como, por exemplo, os polissacarídeos sulfatados (PS) de algas marinhas. O presente trabalho avaliou o efeito dos PS extraídos da alga marinha parda Spatoglossum schroederi, no camarão Litopenaeus vannamei, submetidos a condições de estresse. Foram realizados dois ensaios, sendo o primeiro com juvenis e o segundo com pós-larvas (PL’s) do camarão L. vannamei. No primeiro, os PS foram administrados diariamente, através de banhos de imersão, em quatro concentrações, sendo uma controle (nula, 0,0 mg.L-1, 1,0 mg.L-1 e 2,0 mg.L-1), possuindo cada tratamento quatro repetições. A administração das doses foi realizada por 33 dias e o estresse induzido no experimento através da supressão parcial da aeração, durante 5 horas, no 23°, 24° e 25° dia. No segundo ensaio, os PS foram administrados por seis dias, também por banhos de imersão, nas concentrações 0,0 mg.L-1, 2,0 mg.L-1 e 4,0 mg.L-1. As PL’s foram então submetidas ao teste de estresse por choque salino, comumente utilizado nas fazendas de camarão, com quatro repetições para cada tratamento. Após uma semana, o mesmo ensaio foi repetido, visando averiguar o tempo de ação aparente dos polissacarídeos. Os valores médios de sobrevivência foram submetidos à Análise de Variância (ANOVA) e ao teste de Tukey, ao nível de significância de 5%. Em ambos os ensaios, o tratamento 2,0 mg.L-1 apresentou resultados mais efetivos em relação à sobrevivência média, não sendo evidenciado nenhuma relação entre o aumento da sobrevivência e o aumento da dosagem para 4 mg.L-1. Um aparente efeito prolongado do composto também foi detectado uma semana após a administração dos PS. Apesar do aparente efeito imunoestimulante constatado nos ensaios, mais estudos devem ser realizados, buscando otimizar o tempo e método de administração, como também a dose ideal a ser empregada. Deve-se ainda, avaliar a eficiência imunoestimulante do composto através de testes mais específicos utilizando a hemolinfa e o tecido muscular dos animais.