A violência contra a mulher: análises sobre o perfil da vítima, o tipo e a frequência das agressões e de casos de reincidência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Sales, Isabela Braga
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/41913
Resumo: A problemática da violência contra a mulher é algo persistente nas sociedades de modo geral, de maneira que há a necessidade e a importância de entender o contexto de violência para elaborar ferramentas a fim de combatê-la. Neste estudo, utilizam dos dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2013 e a partir da estimação de modelos de escolhas discretas (logit binomial, multinomial e ordenado) estimam-se quatro modelos com a finalidade de analisar os fatores que compõem o perfil da mulher vítima de violência perpetrada por pessoa conhecida. As estimativas sugerem que um aumento da renda e possuir plano de saúde diminuem essa probabilidade. Considerando os tipos de violência, ter nível de escolaridade entre ensino médio incompleto até ensino superior completo reduz a probabilidade de a mulher sofrer violência do tipo física. E se o agressor for o(a) parceiro(a) atual ou o(a) ex-parceiro(a), essa probabilidade aumenta. A respeito da frequência, exercer atividade remunerada diminui a probabilidade de a mulher sofrer violência em altos níveis de frequência. Para a modelagem de casos de reincidência de violência, estar em casa ou no ambiente de trabalho aumenta a probabilidade de reincidência e o mesmo ocorre se o perpetrador for o(a) parceiro(a) atual, o(a) ex-parceiro(a) ou o chefe da vítima. Em relação aos resultados da análise de variabilidade, percebe-se que a cor da pele, mais especificamente, a mulher ser branca diminui a probabilidade de sofrer violência por conhecido e que o grupo dessas mulheres é menos heterogêneo em comparação ao grupo de mulheres não-brancas. Com relação ao nível de escolaridade, observa-se que possuir ensino médio completo diminui a probabilidade de sofrer violência e a variância residual sugere uma menor variabilidade entre o grupo das mulheres que concluíram o ensino médio vis a vis as que não concluíram. Um aumento da renda mostrou pouco impacto sobre a probabilidade de sofrer violência, ainda que o efeito seja de redução, assim como apresentou baixa redução da variabilidade com o aumento da renda. E para o modelo que estima a probabilidade de casos de reincidência, apenas a variável que indica o nível de renda apresenta heterogeneidade.