Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Vasconcelos, Mário Fellipe Fernandes Vieira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/25077
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Resumo: |
A presente pesquisa consiste em uma “etnografia sinestésica” que analisa e compreende interações homoeróticas a partir da capacidade agentiva dos sentidos sensórios e das sensações em um cine erótico pornográfico localizado no centro da cidade de Fortaleza. Por meio da observação in loco e de entrevistas realizadas com funcionários e frequentadores do local o cinemão mostrou-se um espaço frequentado por um público majoritariamente composto por homens brancos, jovens (entre 20 e 50 anos), de classes sociais variadas, que adotam um estilo predominantemente básico em suas maneiras de se vestir e que encenam performances masculinas consideradas discretas, onde a produção de um corpo que se enuncia a partir da discrição e da evidência de traços considerados masculinos e viris se configura em moeda de troca nas transações no cinemão. Compreendendo que o praticar o cinemão envolve uma multiplicidade de códigos de etiqueta e de construção da fachada dos agentes envolvidos, analisou-se essas interações homoeróticas a partir da capacidade agentiva dos sentidos sensórios e de sensações, como medo, tensão, tesão relatados pelos interlocutores e vivenciadas pelo pesquisador no que chamo de praticar o cinemão. Por fim, a realização de uma etnografia sinestésica do cinemão nos ajudou a compreender para além da agência dos sentidos e das sensações na organização de experiências sociais e na produção de espaços, os modos de tessitura de uma cidade que é feita a partir das astúcias e dos deslocamentos dos agentes, movimentando um circuito de produção de bens e serviços que negociam políticas de gestão do corpo, da aparência e do desejo imersas em um contexto de produção e circulação de dinheiro e emprego. |