Fração protéica do látex da Calotropis procera protege contra a mucosite oral induzida por 5-Fluorouracil em hamsters através da inibição de mediadores pró-inflamatório

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Freitas, Ana Paula Fragoso de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/6908
Resumo: Mucosite oral (MO) induzida por drogas antineoplásicas é um importante fator limitante da dose e efeitos colaterais da terapia do câncer. Calotropis procera é uma planta que produz látex constitutivamente abundante que é relatado possuir propriedades antiinflamatórias, bactericidas, inseticidas, analgésicas. O presente trabalho teve como objetivo descrever o efeito das proteínas do látex da Calotropis procera (LP) na expressão de citocinas pró-inflamatórias (TNF-α e IL-1) e enzimas induzíveis, como, ciclooxigenase-2 (COX-2) e óxido nítrico sintase induzível (NOSi) no modelo de MO em hamsters. A mucosite oral foi induzida por duas administrações intraperitoneal (i.p) de 5-fluorouracil (5-FU) no 1 º e 2º dias nas doses de 60 e 40 mg/kg, respectivamente nos animais (n = 5). As LP (0,25; 1; 5 E 25 mg/kg) foi injetado via i.p. 24h antes e 24h após o trauma mecânico da mucosa jugal. O grupo controle recebeu apenas solução salina. No 10º dia, os animais foram sacrificados e os tecidos da mucosa jugal foram colhidos. Foram realizadas no tecido mucosa jugal as análises macroscópicas e histopatológicas (infiltração de células inflamatórias, edema, hemorragia e à formação de ulcerações e abscessos), bem como a imunohistoquímica para TNF-α, IL-1β, NOSi e COX-2. Foram utilizados Kruskal Wallis / Dunn como testes estatísticos, onde P <0,05 foi aceito. O estudo foi submetido ao Comitê de Ética sob o protocolo 036/10. Observou-se que a LP inibiu significativamente parâmetros macroscópicos e histopatológicos, quando comparado ao grupo controle, com efeito máximo nos escores macroscópicos atingindo 75% e 66% do efeito máximo na avaliação histopatológica. A atividade de Mieloperoxidase (MPO) também foi significativamente inibida por LP em 91% com a mesma dose (p <0,001) quando comparado ao grupo controle e também inibiu a perda de peso em animais submetidos a mucosite oral e tratados com LP. A mucosa jugal dos animais submetidos a MO mostrou imunomarcação para TNF-α, IL-1β, NOSi e COX-2 na conjuntiva inflamada (Cj) e tecido epitelial (Ep) em comparação com o tecido jugal do grupo normal. LP causou redução considerável na imunomarcação para TNF-α (62%, Cj, 70%, Ep), IL-1β (87%, Cj, 80%, Ep), NOSi (82% Cj; Ep 52%) e COX -2 (70%, Cj, 100%, Ep) no tecido jugal quando comparado com o grupo de animais submetidos à mucosite experimental que receberam salina, em vez de LP. Esses achados demonstram efeitos anti-inflamatórios de LP em MO induzida por 5-FU. O efeito protetor poderia ser suportado pela redução da expressão das citocinas pró-inflamatórias, como TNF-α e IL-1β e na expressão de enzimas COX-2 e NOSi. O mecanismo de proteção parece envolver a expressão inibitória da NOSi, COX-2, TNF-α e IL-1β.