Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Sales, Ana Cíntia Moreira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/49243
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Resumo: |
Nesta pesquisa de dissertação procurou-se entender a construção de um espaço para a literatura infantil através da publicação e circulação de livros na cidade de Fortaleza que abordavam um Ceará imaginado. Para isso, delimitou-se como objeto desta investigação as práticas editoriais de agentes e instituições que atuam e auxiliam a constituir esse espaço de edição. Como ponto de partida, foram escolhidas as editoras Edições Demócrito Rocha (EDR) e a Editora Dummar (ED), vinculadas simbólica e comercialmente ao Grupo de Comunicação O Povo, importante meio jornalístico em Fortaleza. A hipótese que permeia este trabalho é a de que a singularidade do espaço é atingida através da heteronomia, uma vez que não são encontradas, a princípio, as características que identificam um campo aos moldes da teoria bourdiesiana. Em vista disto, percebe-se a atuação do Estado nas questões simbólicas e econômicas, em que sua influência parte desde os temas que remetem a cultura popular, a tradição, o patrimônio, entre outros (o que confere um aspecto de criação e incentivo à uma cultura local e uma nacional) até a compra de livros e liberação de verbas para editais. Para a análise dos dados coletados é utilizada uma metodologia de cunho qualitativo com o apoio de dados quantitativos. Dispondo dessa perspectiva metodológica como norte, são utilizadas como ferramentas de análise as obras infantis com temas da cultura popular e da cearensidade, os catálogos, documentos, arquivos e reportagens disponíveis na internet, bem como a ida a campo em feiras literárias e, principalmente, a realização de entrevistas semi-estruturadas com os interlocutores da pesquisa (editores, escritores, produtores culturais, etc.) afim de reconstituir suas trajetórias para análise de seus habitus e práticas dentro do espaço cultural que se desenvolve na cidade. Por fim, compreende-se que o espaço construído se assemelha a um subcampo, submisso a um campo do poder dominado pelo Estado (governos municipais, estaduais e federal), sofrendo influência também do campo econômico. Este sistema identifica também a promoção da cultura local enquanto forma de “juntar as partes” de uma nação ao formar uma cultura nacional, diferenciando-se de uma cultura global através da tradição. O espaço de edição de livros infantis na cidade é visto então, como um subcampo de produção dependente e periférica. |