Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Teixeira Filho, Francisco Luciano |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
www.teses.ufc.br
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/6563
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Resumo: |
O presente trabalho busca delimitar e definir o lugar do indivíduo no processo de produção capitalista, tal qual aparece no Livro 1 de O capital de Karl Marx. Por meio de uma pesquisa bibliográfica, busca-se estabelecer a relação do indivíduo, enquanto singularidade, com as categorias mais gerais de O capital. Percebe-se que as categorias universais, com as quais Marx descreve o capitalismo, surgem de um resultado das ações individuais. Ou seja, indivíduos agindo em relação com outros indivíduos, dentro de um conjunto de regras sociais determinadas, é o que constitui os conceitos mais gerais do capitalismo. As próprias regras que regem as relações dos indivíduos surgem historicamente, dentro do todo de relações que constituem o capital. Nesse sentido, o objeto de O capital é o capital. Todos os predicados aplicados ao capitalismo são predicados do capital. Nesse modo de análise, o indivíduo é considerado somente como agente econômico, ou seja, como predicado do capital (burguês ou proletário). Todavia, a individualidade também determina o capital, na medida em que é o seu trabalho que reproduz a economia capitalista. Percebe-se que o indivíduo, como ser natural de carência, precisa estabelecer um metabolismo com a natureza para existir, constituindo um sistema binômico de consumo e produção, com o qual ele medeia sua relação com a natureza. Esse binômio (consumo e produção), embora não seja o fim último da economia capitalista, que tem como fim a produção de valor, precisa ser reproduzido em todo o tempo em que a economia capitalista é reproduzida. Nesse sentido, o indivíduo, que é a determinação primeira do binômio, reaparece em todos os estágios de revolução técnica da produção capitalista, tais como a cooperação, a manufatura e a industrial. Essas últimas formas de produção, propriamente capitalistas, na medida em que modifica profundamente a produção, também modificam o indivíduo e a relação dos muitos indivíduos, constituindo, assim, deformidades sociais, onde se revela a tragédia humana que surge com a produção de massa regida pela valorização do valor. Percebeu-se, nesse ínterim, que mesmo com a deformação e a aniquilação do tempo livre, pelo tempo de trabalho capitalista, o indivíduo que, até aqui, só foi visto no ponto de vista do agente econômico, também possui outras instâncias de vida, fora da produção. Essas outras instâncias entram em confronto e em colaboração com a exploração capitalista, produzindo revoltas. Desse indivíduo em todas as suas dimensões da vida, pode-se perceber o motivo constante da contradição entre capital e trabalho, que é a causa, para Marx, da deterioração do sistema capitalista de produção. |