Mulheres negras, negras mulheres: ativismo na capital baiana – 1980-1991

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Santos, Ana Cristina Conceição
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: www.teses.ufc.br
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/15109
Resumo: A presente tese, intitulada Mulheres Negras, Negras Mulheres: ativismo na capital Baiana – 1980-1991, é o resultado da pesquisa junto ao Movimento de Mulheres Negras na cidade de Salvador (BA) com recorte temporal. O período escolhido deveu-se ao fato de ser a redemocratização do país, quando os movimentos sociais, em especial o movimento de mulheres negras, voltaram a ter visibilidade em suas ações. O objetivo principal foi estudar o movimento das mulheres negras em Salvador na década de 1980 e início dos anos de 1990 do século XX. A metodologia utilizada foi de natureza qualitativa com o propósito de interpretar os significados atribuídos por essas mulheres ao que se refere as opressões de raça-gênero-classe-sexualidade, de forma interseccional, e como vai se constituindo suas identidades no que concerne ser mulher negra ativista. Apresentamos como técnicas: entrevista semiestruturada com 6 ativistas soteropolitanas e 2 ativistas da cidade do Rio de janeiro, além de análise documental. Consideramos também os estudos desenvolvidos no campo da interseccionalidade, de modo a evidenciar que os marcadores identitários dessas mulheres as tornam mais vulneráveis e, ao mesmo tempo, as fortalecem enquanto coletivo, para o enfrentamento das opressões vivenciadas. Como resultado as entrevistadas comprovaram que há uma interseccionalidade nas sujeições que experimentam revelando que as histórias de vida da maioria das mulheres negras muito se assemelham ao que se refere a essas opressões, existe uma preocupação em empoderar outras mulheres negras; elas estavam atentas e atuantes aos acontecimentos em nível local e nacional e seus ativismos eram propositivos, ou seja, ultrapassavam o campo das denúncias indicando possibilidades para a construção de uma sociedade menos racista, machista, elitista e homofóbica.