Malandragem e espaço urbano no conto “Paulinho Perna Torta” de João Antônio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Uchoa Neto, Airton
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: www.teses.ufc.br
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/12652
Resumo: O presente trabalho analisa o conto “Paulinho Perna Torta”, de João Antônio Ferreira Filho sob duas perspectivas principais, a saber, a da construção do conceito de malandragem e da internalização ficcional do espaço urbano ao redor, bem como do fato histórico que ocorre como pano de fundo da narrativa, a destruição da antiga zona de prostituição de São Paulo e o aparecimento gradual da chamada Boca do Lixo. Percebe-se e compara-se estruturalmente o conto de João Antônio com o romance São Bernardo, de Graciliano Ramos. Além disse, procura-se localizar o conto de João Antônio dentro de sua própria obra, comparando esse conto selecionado com outros contos do mesmo autor, publicados antes e depois de “Paulinho Perna Torta”, e o lugar do próprio João Antônio na literatura brasileira a partir da fortuna crítica cotejada sobre o autor. O conceito de malandragem é evoluído a partir do conceito contido no clássico ensaio de Antonio Candido “Dialética da malandragem” e comparado com os de outros autores que também se debruçaram sobre o tema. Assim como também a questão do espaço urbano é discutida a partir de autores que tratam do tema da urbanização no Brasil. No caso específico da São Paulo dos anos de 1950, período no qual se passa a ação do conto. Também se buscou construir uma genealogia do discurso sobre a cidade a partir de cronistas importantes como João do Rio, Olavo Bilac, Mário de Andrade e Lima Barreto, até se chegar ao ponto em se encontra o próprio João Antônio.