Educação do campo em território camponês: o estudo de caso da Escola de Ensino Médio Francisca Pinto dos Santos, no assentamento Antônio Conselheiro, Ocara – CE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Sousa, Emílio Lopes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/56700
Resumo: A educação do campo presente nos assentamentos de reforma agrária do Ceará tem sido dinamizada pelas representações camponesas e, em especial, pelo Movimento dos Trabalhadores(as) Rurais Sem Terra (MST) através da luta por justiça social no campo. A pedagogia do movimento (CALDART, 2000) nasceu no processo de ocupações e conquista dos Assentamentos de reforma agrária popular recentes, mas tem uma profunda vinculação com a luta camponesa pautada por direitos e dignidade no campo. No processo de desenvolvimento das conquistas camponesas o estudo da teoria dos movimentos socioterritoriais (FERNANDES, 2005), feita a partir dos Geógrafos, se estabelece como um caminho de entendimento de fenômenos sociais como as escolas do campo. O Estado do Ceará vem desde os anos 2000 ampliando o número de escolas de ensino médio em áreas de reforma agrária. Esse crescimento é reflexo de mobilizações realizadas com a articulação de diferentes redes de apoio e solidariedade do MST. A pesquisa teve como objetivo central compreender a importância da Escola do Campo para a comunidade. Para isso, optamos por trabalhar com o estudo de caso da Escola Estadual de Ensino Médio Francisca Pinto do Santos, localizada no Assentamento Antônio Conselheiro, no município de Ocara (CE), no período de 2017 a 2020. Optamos pela aplicação de questionários, trabalho em campo e entrevistas semiestruturadas com estudantes professores e gestores das escolas do campo. As contribuições da educação do campo estão relacionadas à formação e articulação de redes de intelectuais orgânicos, militantes e educadores(as) vinculados ao MST; ao atendimento escolar de juventudes de dentro e fora do assentamento; à acessibilidade a uma formação humanitária, cultural e política de qualidade para os jovens do campo; à socialização do diálogo entre o conhecimento acadêmico e os saberes populares e, ainda, ao fortalecimento da identidade camponesa e de um projeto de trabalho e vida com dignidade no campo. Dessa forma, a educação do campo se constitui como uma trincheira na luta pela reforma agrária popular.