Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Souza, Ana Carmita Bezerra de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/3322
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Resumo: |
O estudo do currículo cultural evidencia que a formação humana não acontece apenas nas tradicionais instituições de educação. Desde meados do século XX a indústria cultural participa efetivamente na elaboração das identidades e subjetividades, e, assim, soma-se a outras instâncias sociais (família, igreja, e escola). Televisão, rádio, imprensa, indústria fonográfica, publicidade e Internet oferecem artefatos culturais que atuam de maneira incisiva na educação dos sujeitos contemporâneos. Nesta pesquisa objetivei analisar a série Malhação, exibida pela Rede Globo de Televisão há quase 12 anos, considerando-a operadora de um currículo cultural, com temáticas e práticas pedagógicas que colaboram na constituição do habitus juvenil. Verifiquei apresentações de sexualidade e gênero; demonstração de um conceito de beleza humana; caracterização das relações étnicas; uso da punição como estratégia pedagógica; e a inserção do enredo na estrutura social e econômica. Adotei um método do tipo etnográfico virtual e tomei a praxiologia de Bourdieu como principal referencial – o que implicou fazer emergir da prática dos sujeitos as categorias analíticas e conceituais. Devido à amplitude das temáticas, adotei uma postura teórica multirreferenciada. Para as análises foram utilizadas imagens, falas e fatos da narrativa que colaborassem no esclarecimento dos temas selecionados. Em síntese, a Malhação, exibe um projeto pedagógico velado, que objetiva a formação do jovem consumidor, heterossexual, domesticado e que para ser belo necessita ser branco, novo e esbelto – fatos que caracterizam o currículo cultural como um caso típico da semiformação, que, para Adorno consiste na alienação das consciências, provocada pelas mercadorias da indústria cultural. |